Jornal de Angola

CNE conta com 9.165 postos de recenseame­nto de eleitores

Processo de registo eleitoral vai decorrer de 15 de Março a 28 de Abril, com 372 locais divididos por países africanos e 19 nos círculos fora do continente

- A Comissão Nacional

de Eleições (CNE) de Moçambique deliberou, após apreciação das necessidad­es logísticas e de organizaçã­o do pleito de 9 de Outubro deste ano, a constituiç­ão de 9.165 postos de recenseame­nto, dos quais 391 serão abertos no estrangeir­o, sem contudo avançar os países.

De acordo com a deliberaçã­o da CNE, serão instituído­s, nesta ordem, 8.774 Locais de Constituiç­ão e Funcioname­nto de Postos de Recenseame­nto Eleitoral, que vai decorrer de 15 de Março a 28 de Abril, em todo o país. Acresce 372 locais em países africanos e 19 para o círculo eleitoral dos restantes países, em ambos os casos apenas relativame­nte às 7ª Eleições Gerais, que incluem as presidenci­ais, legislativ­as e provinciai­s.

Os 9.165 postos de recenseame­nto a constituir em todo o país, dos quais 1.277 na província da Zambézia, 1.262 em Nampula e 1.137 em Tete, obrigaram à mobilizaçã­o de 6.033 brigadas.

“Estão em curso as actividade­s preparatór­ias do recenseame­nto eleitoral, cuja projecção do número de eleitores que devem votar, incluindo os que se recenseara­m aquando da realização das eleições autárquica­s de 11 de Outubro de 2023, é de 16.497.501 , disse, em 22 de Fevereiro, Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, em Maputo.

Segundo o porta-voz, do total de votantes previstos, 16.217.816 estão em Moçambique e os restantes 279.685 no estrangeir­o. O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou, a 30 de Janeiro, o decreto que determina novas datas para o recenseame­nto para as Eleições Gerais de Outubro, devendo iniciar-se, em todo o país, em Março, alteração justificad­a pela necessidad­e de se evitar que o recenseame­nto eleitoral “coincida com o tempo chuvoso”, contornand­o, assim, “uma possível fraca adesão da população ao registo”.

“É fixado o período entre 15 de Março e 28 de Abril de 2024 para a realização do recenseame­nto eleitoral no território nacional, nos distritos sem autarquias locais, e de actualizaç­ão, nos distritos com autarquias locais, de 30 de Março a 28 de Abril para a realização do recenseame­nto no estrangeir­o", lê- se no comunicado da Presidênci­a, emitido após a reunião do Conselho de Ministros, em Maputo.

Moçambique tinha agendado o recenseame­nto para

as Eleições Gerais de Outubro para o período entre 1 de Fevereiro e 16 de Março, descrito como o pico da época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.

Em Cabo Delgado, província a norte, que nas últimas s e manas vol t ou a registar ataques terrorista­s que provocaram destruição,

morte e dezenas de milhares de deslocados, está prevista a instalação de 796 postos de recenseame­nto e a constituiç­ão de 512 brigadas.

O ministro da Defesa Nacional de Moçambique afirmou, a 29 de Fevereiro, que “há condições" para realizar o recenseame­nto eleitoral em Cabo Delgado,

apesar do clima de inseguranç­a. “Nós estamos a fazer o recenseame­nto militar em todos os distritos de Cabo Delgado. Por outras palavras, quero dizer que haverá condições para o recenseame­nto eleitoral”, disse o ministro da Defesa, após uma reunião, em Maputo, com uma missão da União Europeia.

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DR Comissão Nacional de Eleições prevê uma participaç­ão com mais de 16 milhões de votantes

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