Selecção fica de fora
A Selecção Nacional de Boxe está impedida de participar nos Jogos Africanos de Accra, Ghana, a disputarem-se de 8 a 27 deste mês, por falta de inscrição da modalidade na Confederação Africana de Boxe. A não inscrição devese ao litígio sobre quem tem legitimidade para gerir o órgão federativo no quadriénio (2020-2024), soube a ANGOP, de fonte oficial.
Após dificuldades na inscrição do representante nacional no evento, a organização continental confirmou o impedimento devido à situação em que dois elencos reivindicam a liderança da Federação Angolana de Boxe (FABOXE), o primeiro liderado por Simão Muanda e o segundo por Carlos Luís.
Este dirigente foi eleito presidente da FABOXE no dia 7 de Dezembro de 2020, mas o Ministério da Juventude e Desportos inviabilizou o pleito alegadamente por irregularidades, desaconselhando a tomada de posse.
Na sequência, foi criada uma Comissão de Gestão que culminou com a realização de nova eleição em 27 de Maio de 2023, com Simão Muanda vitorioso em lista única e com o devido respaldo ministerial, no entanto, sem o reconhecimento da Confederação Africana.
Para os Jogos Africanos, duas selecções de boxe foram convocadas, uma sob tutela do grupo orientado por Simão Muanda, que preparou a participação do evento num cen
tro de alto rendimento, em Viana, e a outra sob comando de Carlos Luís, que estagiou na província do Huambo.
Angola participará em Accra com 113 atletas dos quais 55 masculinos e 58 femininos, representando as modalidades de atletismo (incluindo o adaptado), andebol, ciclismo, judo, Karatedó, lutas, MMA, natação, taekwondo, ténis de campos de mesa, voleibol e xadrez.
O MMA constitui a principal novidade da delegação, constando de um pacote experimental da comissão organizadora da prova.
Na edição passada, realizada em 2019, em Rabat (Marrocos), Angola ficou em 16º lugar com um total de oito medalhas, das quais duas de ouro e igual número de prata e quatro de bronze.
O Egipto foi o campeão com 273 medalhas (102 de ouro, 98 de prata e 73 de bronze)