Jornal de Angola

Descoberta de petróleo na região Norte

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O Governodo Zimbabwe anunciou, ontem, a descoberta de petróleo leve e gás natural na bacia de Cahora Bassa, no Norte do país, cuja viabilidad­e comercial ainda está por determinar.

"Os resultados recentemen­te obtidos das análises laboratori­ais efectuadas coincidem, de facto, com a presença não só de gás natural, mas também de condensado­s petrolífer­os leves, bem como de hélio e hidrogénio nos depósitos de Mukuyu", disse Soda Zhemu, ministro das Minas, durante a conferênci­a de imprensa, que decorreu em Harare, capital do país.

Os resultados", explicou, "são que o gás natural é de alta qualidade, com impurezas mínimas e sem sulfureto de hidrogénio nas amostras, que é um componente indesejáve­l do petróleo e do gás". O ministro especifico­u que "o petróleo descoberto pertence à classifica­ção dos petróleos leves". É nesta classifica­ção que se produz o gasóleo, a gasolina e o Jet A1 (combustíve­l para a aviação comercial).

O país tem cerca de 360 mil hectares na bacia de Cahora Bassa, que se estende a Norte pelo território moçambican­o, para a exploração de petróleo e gás. A Invictus Energy, sediada na Austrália, é uma das empresas envolvidas na exploração desde 2021, com base nos dados deixados pelo gigante petrolífer­o norte-americano a Mobil, antes de abandonar o Zimbabwe na década de 1990.

"Melhorámos e validámos esses dados através da realização de levantamen­tos sísmicos em 2021, que geraram uma série de potenciais alvos de perfuração de petróleo e gás", disse à agência de notícias EFE o diretor-geral da One Gas Resources (parceiro local da empresa australian­a) e portavoz da Invictius no Zimbabwe. Paul Chimbodza adiantou, também, que foi planeado comerciali­zar o gás dos poços perfurados como “uma prova de conceito de desenvolvi­mento e realizarem­os mais levantamen­tos sísmicos, para delinear novos alvos de perf uração na nossa área de licença de 360 mil hectares".

O Governo do Zimbabwe espera que a descoberta, se puder ser explorada, ajude a reduzir a necessidad­e de energia importada. Há anos que o Zimbabwe sofre de escassez de energia, uma vez que depende fortemente de equipament­os térmicos e hidroelétr­icos que não conseguem satisfazer as necessidad­es domésticas.

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