Beto Cassua regressa ao palco com novidades das histórias reais da vida no tema “Sou Feio”
O monólogo “Histórias do Cassua” volta a ser exibido amanhã, às 20h00, desta vez, na Casa de Cultura Njinga Mbande no Rangel, e m Luanda. Depois do sucesso da estreia no dia 14 de Fevereiro do mês passado, e dois dias a seguir no audit ór i o da e s c ol a Nj i nga Mbande, a peça leva ao palco a veia do encenador Beto Cassua como actor e contador de estórias.
O encenador é reconhecido e aclamado como encenador e director de teatro do Etu Lene, onde a peça “O Feiticeiro e o Inteligente”, na qual o personagem Kamba Mbiji é uma das principais referências. “O Taxista e a S o g r a ” , ” Uí j e Ui j i a ” , “Ukumbo”, “Marcas do Passado”, “Balumuka” e “Titanic” estão entre as mais de vinte obras que encenou ao longo de mais de três décadas dedicadas às artes cénicas.
Beto Cassua, nas vestes de actor e contador de estórias, explicou que busca as inspirações em factos que vivenciou. Por isso, disse, amanhã vai recordar algumas cenas caricatas na primeira pessoa como o caso de se assumir “ser feio”, mas que ninguém o conseguiu dizer de forma pública, muito menos pessoalmente.
Essa suposta condição, o actor suspeita estar na origem de ter sido “negado a participar num casting para ser apresentador de televisão porque nunca era chamado ou seleccionado entre os demais concorrentes” até aparecer “um destemido” que o explicou as razões de nunca ter sido seleccionado. “Eu sempre gostei de ouvir os mais velhos, na altura eles contavam estórias e eu ficava sempre lá preso, porque f a z i a - me bem. Na escola, quando mandavam fazer a redacção, eu era bom na composição, fazia com alma e gostava, também, de ir à luta pelos meus interesses” destacou.
Quanto ao conteúdo a ser exibido revelou que são histórias vividas, são factos reais e apenas alguns ficcionados. Por nascer e crescer no Rangel, bairro que era extremamente violento, as crianças cresciam em ambientes de alguma forma desviantes, mas nunca teve tempo de praticar coisas erradas porque “sempre busquei ficar com os mais velhos”, contou.
A pedido de muitos admiradores dos seus trabalhos, Beto Cassua prometeu, não todas, mas recordar algumas estórias das edições passadas como a do jovem Banganga, que todos o ignoravam e não
acreditavam nos seus feitos do passado.
Para espanto de todos, Banganga acabou por salvar a vida de uma senhora que estava à beira da morte, enquanto todos ligavam para ambulâncias virem à busca da senhora e ser transportada para o hospital. O jovem a quem ninguém dava valor veio com carro de mão e levou a senhora ao hospital. Foi uma história que arrancou muitas risadas dos espectadores.
Ainda das recordações Beto Cassua vai partilhar a passagem pela rua do Cass enda onde havia uma senhora que vendia bolinhos quentes (micates). Ele comprou, mas no momento que meteu na boca passou uma moça que muito desejava e de vergonha meteu o bolo quente na boca e fechou. Sem querer engoliu o bolo e causou muita aflição, o que resultou no mijo.
No entanto, a moça nem sequer lhe deu um bom dia. O actor ganhou vários elogios e os fãs gritavam “Man-bé é mau e tem muitas histórias”. Beto Cassua explicou, que todas as histórias contadas são factos reais e vividos por si.
O actor é reconhecido pelo grupo de teatro Etu Lene, autor do clássico “O Feiticeiro e o Inteligente”