Mesa redonda aborda “O acesso da mulher à educação artística”
à educação artística, seus desafios e principais barreiras” foi o foco da mesa redonda promovida, pela Brigada Jovem de Literatura em Benguela, na cidade das Acácias Rubras.
Enquadrada no âmbito da jornada “Março Mulher”, a mesa redonda juntou na sexta-feira mulheres e amantes da literatura e serviu, também, para a reabertura do espaço “Tarde de Palavras e Versos”, para a promoção das actividades do novo ano artístico, no quadro da programação cultural da Oficina Artesanal de Benguela, localizada na Praia Morena.
O evento contou com o apoio do projecto Café Cultura e Amigos que visou, igualmente, enaltecer o contributo do universo criativo feminino, segundo o delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura de Benguela, Elias Ukuahamba.
A delegada adjunta da União Nacional dos Artistas e Compositores na província de Benguela, Maria Ndjangelo disse que durante muito tempo, à mulher foi negada o direito à formação artística, uma vez que estava reservada apenas para o trabalho doméstico.
A também cantora e docente universitária referiu ainda que actualmente, a situação tem registado mudanças com os esforços da mulher e que tem ajudado na luta pela emancipação do género.
Segundo Maria Ndjangelo, as principais barreiras continuam a ser a desinformação, o estigma, o preconceito e algumas questões culturais, cujas interpretações têm sido profundamente limitadas para a mulher.
A docente reconheceu que em Benguela, do ponto de vista das artes, já se observa muitas mulheres a exercitarem com alguma qualidade no equilíbrio estético e na harmonia.
Segundo a delegada, durante o encontro, deu para perceber que as jovens têm consciência do grande valor que a mulher tem na sociedade e da necessidade de promover a educação artística feminina. “A grande questão apresentada, é o facto da mulher representar o lado mais precioso da família, por ser detentora dos valores mais significativos de qualquer povo”, disse.