José Adão perdeu apenas 1 por cento da visão desde que começou a medicar
José Adão, de 52 anos, foi diagnosticado com a doença no final de 2015, quando começou a desenvolver complicações visuais sem causas aparentes. Desempenhou a profissão de professor por mais de 36 anos e nunca sentiu nenhum sintoma.
“Em 2015, comecei a desenvolver uma dificuldade ao fazer leituras e ainda assim não usava óculos. Quando os sintomas começaram a agravar, decidi recorrer a uma clínica, onde fui diagnosticado com a patologia, que já se encontrava numa fase crítica”, contou.
José Adão disse ter sentido um choque quando recebeu a informação, porque na altura não tinha conhecimento sobre o assunto. Foi a partir daquele momento que resolveu investigar sobre a doença e tomar maior cuidado com a visão, porque corria o risco de perdêla, pelo estado avançado em que se encontrava.
Em 2020, viu-se impedido de desenvolver as suas actividades por incapacidade laboral, tendo em conta que o glaucoma comprometeu 80 por cento da visão e o impedia de trabalhar.
Desde aquela data, explicou, passou a ser acompanhado no Instituto Oftalmológico Nacional. “Desde que passei a ser seguido regularmente, pelos médicos do Instituto, até agora, foi possível manter o nível de visão que tenho, apesar de ser reduzida”, reconheceu José Adão, acrescentando que com este nível de visão é possível levar uma vida normal, fazendo a medicação, para travar a progressão da doença.
“Desde 2020 que comecei a ser acompanhado, só perdi 1 por cento da visão”, destacou.
José Adão aconselhou a população a optar pelos cuidados de saúde e a realização de consultas de Oftalmologia regularmente. “Antes de sentir as dificuldades para a leitura, não tinha o hábito de ir às consultas de Oftalmologia com regularidade. Se fosse, com certeza, o diagnóstico seria feito precocemente”, admitiu.
O primeiro passo, disse, é aceitar a doença, dar início i mediato à medicação, investigar sobre a doença e mudar os hábitos alimentares que devem ser ricos em vitamina A.
Quanto à aquisição dos fármacos, José Adão disse que apesar dos pacientes assistidos no IONA receberem os fármacos, quando há rotura, muitos não conseguem dar continuidade ao tratamento pelos preços elevados que são comercializados nas farmácias privadas. Por este motivo, apelou ao Executivo a trabalhar na redução dos preços dos medicamentos, para facilitar a vida das pessoas que vivem com o glaucoma.