Destruição de empregos no sector audiovisual
"Está provadoque a pirataria desencoraja a criatividade e a inovação no sector dos conteúdos, e não só, em todas as esferas em que há lucros, porque os criadores e os inovadores podem não receber as recompensas financeiras que merecem pelo seu trabalho", advoga o especialista Frikkie Jonker.
A um nível mais alargado, a pirataria pode, também, normalizar o roubo de propriedade intelectual e minar o respeito pelo estado de direito. Além disso, expõe os consumidores a grandes riscos como o “malware”, roubo de identidade, a fraude e outras formas de cibercriminalidade perigosa.
De acordo com o “Muso Piracy Data Overview”, a pirataria televisiva aumentou mais de 10 por cento num ano e a pirataria cinematográfica quase 50 por cento. Verificou-se também uma tendência crescente nas visitas a plataformas de pirataria digital, cujo aumento é de 18 por cento desde 2021.
"Se a pirataria continuar sem controle isso significa que menos histórias africanas serão contadas", argumenta Jonker. "Menos produções locais serão encomendadas e os produtores de conteúdos terão menos oportunidades. Se conseguirmos vencer a pirataria, libertaremos a economia criativa de África e multiplicaremos o seu impacto. Serão criados mais milhares de empregos e carreiras, e poderemos oferecer aos africanos entretenimentos de classe mundial que reflictam as suas vidas."
Recentemente, a Multichoice Africa Holdings lançou uma campanha televisiva em todo o continente para salientar que a pirataria "não conta" as histórias de África e destrói empregos nas indústrias criativas e de produção.
Acompanhando esta iniciativa, Jonker insta os telespectadores afri canos a unirem-se contra a pirataria, visando possibilitar que os talentosos criativos do continente berço da humanidade,entreactores, guionistas, realizadores, operadores de câmara, de som, luminotécnicos, maquilhadores, editores, incluindo músicos e todos os profissionais, entre técnicos e artistas (centenas), que intervêm directamente no sector do audiovisual possam sustentar-se por meio dos seus dons.