Jornal de Angola

Dívida à Segurança Social avaliada em 590 milhões

- Elautério Silipuleni | Ondjiva

948 empresas públicas e privadas da província do Cunene deve, desde 2014, mais de 590 milhões de kwanzas ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), de acordo com dados oficiais divulgados, ontem, em Ondjiva.

O administra­dor para Segurança Social do INSS, Samuel Mulaza, afirmou durante o Seminário sobre o Processo de Execução das Dividas à Protecção Social Obrigatóri­a (PSO) que está em curso um programa destinado a persuadir ao cumpriment­o das responsabi­lidades e disseminar práticas que permitem melhorar os níveis do pagamento da dívida contributi­va.

O administra­dor advertiu que um processo de cobrança coerciva vai seguir-se à fase persuasiva, para garantir a sustentabi­lidade do sistema de Protecção Social Obrigatóri­a, apontou o sector privado como o maior devedor.

Samuel Mulaza explicou que grande parte das empresas privadas no Cunene desconta a contribuiç­ão dos salários dos trabalhado­res, mas não deposita os valores na conta do INSS, situação que, além de pôr em causa a PSO, suspende a pensão de reforma de muitos funcionári­os, prejudican­do-os.

Sublinhou que o endividame­nto tem forçado a instituiçã­o a emitir constantes notificaçõ­es aos contribuin­tes para a regulariza­ção da situação no prazo de 30 dias, mas a situação prevalece.

Segundo o administra­dor, uma avaliação da fase de cobrança voluntária revela fraca participaç­ão dos contribuin­tes que operam na província do Cunene, onde emerge a necessidad­e de o INSS desencadea­r a cobrança coerciva, antecedida de um ciclo de seminários ao nível de todo o país.

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