Jornal de Angola

Integridad­e física dos atletas motiva a desistênci­a do país

- Rosa Napoleão

A preservaçã­o dos atletas de eventuais situações graves dentro do tatame motivou a direcção da Federação Angolana de Artes Marciais Mistas (FAMMA) na decisão de retirar a Selecção Nacional dos Jogos Africanos que decorrem em Accra, Ghana, até 23 do corrente.

Em conferênci­a de imprensa, realizada ontem, no bairro Morro Bento, Armando Diogo, presidente da direcção da instituiçã­o, disse ser "inadmissív­el o acto de colocar no tapete atletas amadores a competirem com profission­ais".

“Infelizmen­te, o nosso órgão não teve conhecimen­to deste módulo. Saímos para a competição e somente no local nos deparámos com esta situação. Os nossos atletas eram todos amadores e não podíamos consentir que lutassem com profission­ais. A nossa campeã mundial Stélvia Ruanha, de apenas 13 anos, estava alistada para lutar com uma profission­al de 20 anos. Isso chega a ser um acto criminoso”, reiterou.

O dirigente declarou que a decisão de retirar a Selecção Nacional dos Jogos Afric a nos f oi a nunciada e consentida pelo chefe de Missão, António da Luz.

“Tivemos o cuidado de comunicar o assunto ao chefe de Missão Angolana. Eu, pessoalmen­te, orientei que se fizesse isso. O mesmo percebeu os riscos que corriam os atletas e concordou connosco. O Governo do Ghana também desconheci­a o fenómeno e, através do seu pres i dente da Federação, apoiou-nos, protestou e retirou, igualmente, uma parte dos seus atletas amadores da prova", explicou.

Defesas dos títulos são as prioridade­s

Armando Diogo ressalta estar a pensar agora nos outros compromiss­os internacio­nais que a Selecção Nacional tem pela frente.

“Não valia a pena arriscar os atletas, uma vez que temos em vista o Campeonato Africano para a defesa do título na Namíbia, o Campeonato do Mundo em Abu Dhabi também na defesa do título mundial e o terceiro Mundial em Paquistão. Lembro que somos a quarta melhor Selecção do mundo. Atingimos a classe mundial com poucos atletas e não podíamos arriscar perder isso nessa prova africana. Até agora, o MMA conseguiu cumprir com todos os pressupost­os do controlo antidoping. Somos a única organizaçã­o mundial que recebeu o selo da guarda”, aclarou.

Stélvia Munhanha, -44kg; Daniela Mandanji, 52.2 kg; Lassaleth António, 61.2 kg; Maria Kitoco, 70.3 kg; Wilson Manuel, 56.3 kg; Tulunda Miguel, 70.1 kg; Stanislau Wezy, 83.9 kg; Mário de Melo, -93 kg, são os atletas da Selecção Nacional. José Gomes, Mário Rodrigues, Nini Pedro e Sousa José acompanhar­am o conjunto.

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EDUARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Direcção da Federação justificou a decisão tomada em Accra

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