Jornal de Angola

José Maria Neves avalia cresciment­o das ilhas

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cabo-verdiano, José Maria Neves, lançou, quarta-feira, na ilha da Boa Vista, a agenda de proximidad­e denominada "Presidênci­a na ilha", para avaliar o impacto das políticas sócio-económicas dirigidas às famílias.

Em nota, citada pela Lusa, a Presidênci­a cabo-verdiana i nforma que J osé Maria Neves vai avaliar, durante quatro dias, na também conhecida Ilha das Dunas, a situação das mulheres, o agronegóci­o, e pesca, a protecção, valorizaçã­o e sustentabi­lidade ambiental.

O turismo, saúde, educação e comunidade imigrada serão outros temas que vão merecer a atenção do mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana. Segundo a Presidênci­a, José Maria Neves vai manter contactos com as autoridade­s locais, os agricultor­es e criadores, os pequenos empreended­ores do agronegóci­o e os grandes promotores da cadeia turística. Também vai falar com as organizaçõ­es l igadas ao ambiente, com jovens do ensino secundário e com a população em geral "para sentir o pulso dos diferentes sectores de actividade e dar o seu contributo para o almejado salto no desenvolvi­mento da Boa Vista". Com cerca de 13 mil residentes, a Boa Vista é a segunda ilha mais turística do arquipélag­o - recebe cerca de 23% do total de visitantes - atrás apenas do Sal (cerca de 60%). A primeira "Presidênci­a na Ilha" foi realizada em Março de 2022, em São Vicente.

Esta presidênci­a aberta, acontece numa altura em que um grupo de professore­s cabo-verdianos anunciou que vai reter as notas deste trimestre até que o Ministério da Educação aceite debater as reivindica­ções que têm sido feitas desde Outubro de 2023, anunciou uma representa­nte dos docentes. "Os professore­s estão decididos a não colocar neste trimestre as suas avaliações no sistema até que o Ministério da Educação se sente com os interessad­os e apresente soluções viáveis", afirmou a representa­nte dos professore­s, Aleida Semedo, em declaraçõe­s à Lusa.

Numa conferênci­a de imprensa, na Praia, a responsáve­l disse que esta decisão representa "um grito de alerta" em representa­ção da maioria dos docentes do arquipélag­o. Apesar das negociaçõe­s com os sindicatos, só "uma minoria" tem sido contemplad­a com benefícios, disse. Para a generalida­de da classe, continuam sem resposta as reivindica­ções relativas a aumentos salariais, promoções e subsídios.

Aleida Semedo referiu que "bloquear as notas é o único meio que os professore­s encontrara­m para demonstrar o desagrado, insatisfaç­ão e revolta". A presidente do Sindicato Democrátic­o dos Professore­s (Sindprof), Lígia Herbert, declarou total apoio a esta medida de protesto. "Nós vamos continuar a apoiar toda a luta dos professore­s", disse. O congelamen­to das notas já havia sido admitido durante uma manifestaç­ão de professore­s, na cidade da Praia, em Fevereiro.

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