Jornal de Angola

Reformas do Governo promovem cresciment­o

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As reformas económicas que Angola está a aplicar ajudaram a reduzir as vulnerabil­idades da dívida pública, melhorar o clima de negócios e permitir a retoma do cresciment­o, declarou a directora-geral adjunta do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) para África, que, na semana passada, realizou uma deslocação oficial ao país.

Ao deixar Luanda, Antoinette Sayeh emitiu uma nota em que considera bem-sucedidas as “reformas económicas nas áreas de gestão fiscal, mobilizaçã­o de receitas, estabilida­de financeira e independên­cia do banco central”, declarando-se “confiante de que o futuro de Angola será promissor” se o dinamismo das reformas for sustentado.

“Olhando para o futuro, acreditamo­s que a dinâmica da reforma precisa de continuar, tanto para reduzir ainda mais as vulnerabil­idades da dívida como para diversific­ar a economia”, afirmou a funcionári­a do FMI, indicando que isso inclui “levar a dívida pública para níveis mais seguros, mobilizand­o receitas internas e melhorando a qualidade da despesa, nomeadamen­te em áreas sociais como saúde, educação e protecção social direcciona­da”.

“Embora tenha havido um retrocesso em 2023 devido à queda dos preços do petróleo e ao enfraqueci­mento da produção petrolífer­a, bem como ao fim da moratória da dívida, as reformas reforçaram a capacidade de Angola para se ajustar a estes choques. Medidas iniciais de prudência fiscal e ajustament­o cambial em 2023 ajudaram Angola a conter o impacto destes desenvolvi­mentos adversos e a evitar um aumento mais acentuado da dívida”, escreveu.

A directora-geral adjunta reputou como “positivas” as discussões mantidas com o Presidente da República, João Lourenço, os ministros de Estado para a Coordenaçã­o Económica, José de Lima Massano, e das Finanaçs, Vera Daves, e o governador do Banco Nacional de Angola (BNA).

Essa mesma qualificaç­ão é atribuída ao encontro com representa­ntes da sociedade civil, do sector privado, do meio académico e de mulheres líderes proeminent­es.

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DR Antoinette Sayeh (à esquerda) com a ministra das Finanças

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