Samba Lucala tem produtividade de soja superior à média nacional
Fazenda espera colheita de 4,6 toneladas por hectare, quando a média do ano passado, no país, foi de 2,3, segundo as estatísticas oficiais
A fazenda Samba Lucala, de Samba Caju, no CuanzaNorte, prevê, no fim da primeira época (Setembro a Fevereiro) da Campanha Agrícola 2023/2024, uma colheita de cerca de três mil toneladas de soja, nos 650 hectares empregues no cultivo do grão, o que configura uma produtividade superior à média nacional.
Os dados, anunciados ao Jornaldeangola pelo responsável da fazenda, Barac Gover, apontam para uma produtividade de 4,6 t oneladas por hectare, quando a média nacional de 2023 foi de 2,3 toneladas por hectare, de acordo informações disponíveis na nossa Redacção.
Barac Gover afirmou que a produtividade aumentou, como reflexo do aumento da média da produção da soja no país, depois de, em 2022, a fazenda ter passado por uma fase experimental de produção, com uma colheita de 1.000 toneladas em 1.159 hectares.
Com 10 mil hectares, dois mil dos quais de área cultivada, a fazenda possui, tamb é m, u ma a b u n d a nt e produção de cereais como milho, feijão e trigo, este último lançado recentemente, no âmbito da estrat égia do Executivo, de produção e diversificação de grãos para redução das importações.
Mil e trezentos hectares são irrigados com pivots e 700 em regime de sequeiro, de acordo com informações do responsável da fazenda que emprega 60 trabalhadores, dois dos quais de origem estrangeira.
A empresa emprega avultadas somas monetárias na compra de gasóleo para o funcionamento de máquinas e equipamentos, absorvendo 10 mil litros de combustível, sobretudo gasóleo, em 35 grupos geradores que suportam igual número de pivots de irrigação, estação de bombagem e a unidade industrial que alberga os silos.
O responsável da Samba Lucala anunciou que está i minente um Concurso Público para a selecção de uma empresa para a extensão de um ramal eléctrico da rede pública de 63 quilómetros, beneficiando a fazenda.
A Samba Lucala está sob tutela das Forças Armadas Angolanas, no quadro de um protocolo estabelecido entre os Ministérios da Defesa Nacional e da Agricultura e Florestas para a reactivação de projectos agropecuários e industriais, bem como para dinamizar a provisão de alimentos à Logística Militar, com o excedente a ser destinado ao mercado do país.
“O projecto entrou, este ano, na fase de produção plena: é eficiente, auto-suficiente e tem capacidade de produzir grãos com rentabilidade”, afirmou Barac Gover para definir a evolução da actividade da fazenda.