Médicos exigem melhoria das condições de trabalho
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique anunciou, ontem, que podem retomar o clima de greve, caso o Governo mantenha a lentidão na aplicação das medidas a favor os profissionais da Saúde, através do acordo que pôs fim à greve nacional em 2023.
“Vamos voltar à greve: porque está haver falta de cumprimento dos acordos alcançados durante o processo negocial", avançou a agência Lusa Rossana Zunguze, porta-voz do Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM). Em causa está uma negociação que esteve em curso em 2023 entre o Governo moçambicano e a APSUSM, uma associação que abrange cerca de 65 mil profissionais e que esteve em greve entre Agosto e Novembro do ano passado, por melhores condições de trabalho no sector público. “No período todo que se passou desde as negociações, o Governo não cumpriu com o que estava acordado, em vários pontos", frisou a porta-voz da organização, que prometeu revelar na segundafeira o período em que a nova greve nacional vai vigorar e detalhes sobre o modelo de protesto em conferência de imprensa, em Maputo. O Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrentou, em Julho e Agosto do mesmo ano, uma crise provocada por greves de funcionários, convocadas, primeiro, pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e, depois, pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), ambos interrompidos para dar espaço ao diálogo com o Governo.
Entre outros aspectos, no caderno reivindicativo do ano passado, a APSUSM exigia que o Governo moçambicano providenciasse alimentação, medicamentos, que têm, em alguns casos, de ser adquiridos pelos pacientes e oferta de camas e cobertas.