Jornal de Angola

Pesquisado­r Eugénio Faraó exorta jovens a estudarem sobre os povos africanos

- Mário Cohen

O pesquisado­r Eugénio Faraó exortou, em Luanda, os jovens, a estudarem mais a história dos povos africanos, no geral, e os angolanos, em particular, com objectivo de buscar mais conhecimen­tos sobre hábitos e costumes das nações.

O apelo foi feito no Centro Cultural António Agostinho Neto, no Bairro Operário, durante a primeira conferênci­a “Sawubona África”, inserida nas comemoraçõ­es do Dia da Libertação da África Austral, que se assinalou no mesmo dia, uma iniciativa do Fã Clube Sawubona.

A ideia, disse, foi juntar vários investigad­ores num painel, onde foram analisados temas como “Aspecto Culturais dos Povos Bantu na África Austral”, “Um Caminho

para a Unidade Africana”, “Integridad­e e Contributo dos Jovens na Família e na Sociedade” e “Quem São e Onde Estão os Motores do Desenvolvi­mento Económico”.

Eugénio Faraó, convidado pela organizaçã­o falou sobre “Aspectos Culturais dos Povos Bantu na África Austral”. Em síntese, o pesquisado­r deu a conhecer aos jovens que

nenhum povo se desenvolve sem cultura, assim como devem procurar saber mais sobre a Mwana Pwo, máscara que representa a beleza e o encanto da mulher Côkwe.

Na óptica de Eugénio Faraó “nós devemos conhecer a nossa cultura, assim como saber quem nós somos como povo”. Hoje, afirma, África vive graves problemas cul

turais por causa das ideias implementa­das pelos colonos. O pesquisado­r acrescento­u, ainda, que dois grandes líderes políticos africanos, Agost i nho Neto, pr i meiro Presidente de Angola e Patrice Lumumba, ex-primeiroMi­nistro da República Democrátic­a do Congo, eram de opinião, de que não basta “correr com os colonos, porque o mais complexo seria retirar as ideias dos colonos na mente dos africanos, o que hoje chamamos de neocoloniz­ação”, disse.

Segundo Eugénio Faraó, os africanos devem constituir a própria história e valorizar as culturas e respeitá-las como património. Para isso, adiantou, “devemos instituir a nossa língua por ser o primeiro elemento da cultura de um povo”.

O orador salientou ainda que o povo que “não fala a sua língua é uma nação perdida”. Destacou algumas das qualidades dos africanos classifica­ndo-os como “povo solidário”. Como exemplo, ilustrou a forma como os estrangeir­os são tratados pelos povos africanos.

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DR A palestra juntou uma plateia bastante diversific­ada

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