Jornal de Angola

Primeira-dama da República lança pedra para construção do Liceu Eiffel no Moxico

- Lino Vieira | Luena

República, Ana Dias Lourenço, procedeu, ontem, no Luena, ao lançamento da primeira pedra para a construção do Liceu Eiffel, numa parceria da Missão Laica Francesa e as empresas petrolífer­as que actuam em Angola.

O empreendim­ento vai ter três naves, compostas por seis salas de aula, quatro laboratóri­os de Química, Física, Biologia e Informátic­a, anfiteatro, uma quadra desportiva e vasta área de serviços e de lazer.

A Rede de Liceus Eiffel, fundada há 16 anos, pela Total Energies Angola, já formou mais de três mil alunos, sendo que muitos deles se destacaram nas Olimpíadas nacionais e internacio­nais de Matemática e Literatura.

Em parceria com o Ministério da Educação, a Rede das Escolas Eiffel compreende quatro liceus situados nas províncias do Bengo, Cuanza

Norte, Malanje e Cunene, com vista a proporcion­ar ensino de qualidade e gratuito, dentro dos padrões internacio­nais.

Para além do Moxico, prevê-se que o projecto seja alargado, ainda este ano, para a província do Huambo.

Na sua intervençã­o, na qualidade de madrinha do projecto, Ana Dias Lourenço afirmou que as parcerias público-privadas podem impactar os sectores sociais, em particular o da Educação.

A Primeira- Dama da República assegurou que as províncias do Huambo e do Moxico vão beneficiar do programa Liceus Eiffel, onde mais de mil jovens poderão juntar-se aos outros milhares que frequentam os quatro liceus já existentes no país.

Ana Dias Lourenço lembrou que a Eiffel já formou mais de três mil estudantes no país, benefician­do de bolsas internas e externas através da qualidade do ensino que oferece, tendo sublinhado que esta realidade trará um impacto nos jovens da região, em termos de ensino das ciências exactas e aprendizad­o das línguas francesa e inglesa.

Segundo Ana Dias Lourenço, nos últimos anos, Angola tem registado progressos em termos de acesso escolar, com a adopção de políticas públicas viradas à construção de mais escolas para a formação de professore­s e a criação de melhores condições de aprendizag­em.

Ana Dias Lourenço agradeceu às empresas Total Energies e a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), pelo convite para proceder ao lançamento da pedra desta imponente infra-estrutura escolar, que vai contribuir para o aumento do acesso à educação, melhoria na qualidade do ensino e uma assist ê nci a i ntegral mais humanizada, especialme­nte para as meninas.

“Eu defendo que não é possível abordar os problemas que afectam as meninas, sobretudo as mulheres, em todo o mundo, sem falar da educação. Não é possível falar em desenvolvi­mento e empoderame­nto sustentáve­l sem falarmos da educação”, ressaltou.

Ana Dias Lourenço afirmou que o combate às desigualda­des garante boas oportunida­des de ensino, formação e desenvolvi­mento de homens e mulheres, começando na primeira infância.

A Primeira- Dama da República realçou que a problemáti­ca da educação e desenvolvi­mento integrado e sustentáve­l são questões que a comovem e tem isso como um compromiss­o pessoal.

Ana Dias Lourenço reafirmou os agradecime­ntos à Total Energies, ao Bloco 32 e à ANPG, pelo trabalho desenvolvi­do no âmbito da responsabi­lidade social, sobretudo no apoio ao sector da Educação e em particular da valorizaçã­o da jovem mulher na sociedade. O governador Ernesto Muangala manifestou também a sua satisfação, dizendo que a construção de uma escola pública desta mag n i t u d e , a l é m d e aumentar o número de infra-estruturas, vai garantir um ensino de qualidade nas disciplina­s nucleares.

Ainda no cumpriment­o da sua agenda, a Primeira-dama da República inaugurou o internato feminino Santa Isabel, afecto à Diocese do Luena, com capacidade para albergar 96 crianças dos municípios dos Bundas, Luchazes e Alto Zambeze. Na sua intervençã­o, o bispo da Diocese do Luena, Dom Martin Lazar, afirmou que há muitas meninas que estão impedidas de desenvolve­r as suas potenciali­dades e seus dotes intelectua­is por serem vítimas da pobreza extrema, fragmentaç­ão familiar e do abandono.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Primeira-dama da República coloca o primeiro tijolo da obra

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