Jornal de Angola

Treinador volta a deixar o futuro em aberto

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O treinador português, José Mourinho, actualment­e sem clube, deixou o f uturo aberto e mostrou- se agradecido aos adeptos de todos os emblemas por onde passou ao longo da carreira.

Durante a entrevista c o n c e d i d a a Fa b r i z i o Romano, especialis­ta no mercado de transferên­cias, Mourinho frisou que não se arrepende de ter negado as propostas para ser selecciona­dor nacional.

“Um dia depois de sair da Roma, estava pronto para continuar. Sinto-me bem, forte, amo o trabalho. Não quero tomar a decisão errada, não posso aceitar algo só pela paixão de voltar. Tenho de ser paciente. Quando as pessoas falam de mim, focam-se mais no que aconteceu há 15 anos, 12, dez ou oito. Com tantos bons treinadore­s na Europa, nos últimos anos, cheguei a três finais, e se nos focarmos apenas nos últimos dois anos, sou o único treinador com duas finais europeias. Olho para isso de uma maneira divertida, mas t ambém com orgulho. Quando o fazes num clube sem história na Europa, percebes que foi algo especial”, lê-se na A Bola. Quanto ao carinho dos adeptos, qual é o sentimento? “Digo sempre que a melhor coisa do futebol são os adeptos. Eles não fazem dinheiro com o futebol, até gastam. Às vezes, gastam dinheiro da família e fazem sacrifício­s por causa da paixão que têm pelos clubes. Normalment­e, são justos. Gostam ou não têm sempre uma razão. Acho que sabem quando estás comprometi­do. Sempre estive comprometi­do com os meus clubes. Sentem que dei tudo. Por causa da minha personalid­ade, vou ser sempre mais do que um treinador. Em alguns clubes, precisas de ser treinador, director técnico, de comunicaçã­o, a i magem que defende o clube e os jogadores. Isso é algo que o treinador não gosta. Eu quero ser treinador. Fui treinador no Chelsea, no FC Porto, em outros clubes não fui só i sso. Mas acho que a minha relação com todos os clubes onde estive foi: “cheguei, vesti a camisola e lutei por eles”.

Relativame­nte ao futuro em Portugal ou Arábia Saudita: “Em Portugal a porta esteve aberta duas vezes. Não me arrependo. Estou feliz pela razão pela qual não aceitei. Na Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo abriu as portas. Rejeitei porque a Roma era mais importante.

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