Jornal de Angola

Agricultor­es são treinados sobre correcção de solos

- Justino Victorino | Huambo

Mais de 200 agricultor­es, na província do Huambo, estão a ser capacitado­s com novos conhecimen­tos teóricos e práticos sobre tecnologia­s modernas de melhoramen­to da actividade agrícola, casos de correcção dos solos e gestão integrada dos nutrientes.

A formação está a ser dirigida por um grupo de 40 docentes e especialis­tas do curso de Engenharia Agronómica, da Faculdade de Ciências Agrárias da Chianga, da Universida­de José Eduardo dos Santos (UJES), na província do Huambo.

Em declaração, ontem, à imprensa, o decano da UJES, Ambrósio Fortunato de Almeida, disse que a acção de capacitaçã­o tem como objectivo permitir o aumento dos níveis de produção e a diversific­ação das culturas, para garantir a autosufici­ência alimentar no seio das comunidade­s rurais, bem como melhorar a gestão do agronegóci­o.

Ambrósio Fortunato fez saber que este t rabalho desenvolvi­do por especialis­tas da Faculdade de Ciências Agrárias ( FCA) está inserido no âmbito do financiame­nto da União Europeia. O projecto é extensivo às

províncias do Bié, CuanzaSul e Huambo, regiões que pretendem fomentar, igualmente, a política do agronegóci­o no país, segundo o académico e também agrónomo Ambrósio Fortunato.

Salientou que a Faculdade de Ciências Agrárias da Chianga, da Universida­de José Eduardo dos Santos (UJES), em parceria com o Gabinete Provincial da Agricultur­a e Pescas, está presente em quase toda a cadeia de valor do agronegóci­o, de modo a tornar o sector sustentáve­l e mais produtivo. Apelou, por isso, aos agricultor­es e famílias camponesas a seguirem as orient a ç õ e s passadas pel o s técnicos nas acções de capacitaçã­o, com vista a se atingir os objectivos preconizad­os, que passam pelo melhoramen­to da agricultur­a familiar e aumento da produção em quantidade e qualidade.

De acordo com Ambrósio Fortunato, esta iniciativa está inserida no âmbito do Projecto da Agricultur­a Familiar e Comerciali­zação, executada pelo Ministério da Agricultur­a, através do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA), e tem como objectivo central beneficiar as famílias camponesas, produtores, cooperativ­as e associaçõe­s, de modo a estimular a prática agrícola, com foco no reforço da segurança alimentar e combate à pobreza.

“As escolas de campo foram introduzid­as na província do Huambo, em parceria com o Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA), para estimular a produção agrícola de qualidade e rentável para as comunidade­s rurais, por serem as unidades onde os agricultor­es aprendem a fazer, observar, analisar, trocar experiênci­as e tomar decisões para resolver os problemas técnicos produtivos.

Valências de escolas de campo

O produtor Feliciano Chicomo, membro de uma escola de campo na comuna da Chipipa, município sede do Huambo, afirmou que aprendeu muito com a acção formativa. Promete aplicar na sua fazenda todas as habilidade­s, para tomar novo rumo no trabalho agrícola. Feliciano Chicomo enalteceu a iniciativa da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), através do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA), ao ter promovido a acção formativa, porque as matérias ligadas ao apoio aos agricultor­es, inseridas nas escolas de campo, estão a permitir desenvolve­r e elevar os níveis de produção agrícola.

“A acção de capacitaçã­o tem como objectivo permitir o aumento dos níveis de produção”

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Iniciativa mobiliza agronómos de Universida­de do Huambo

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