Jornal de Angola

EUA e Ucrânia envolvidos no atentado de Moscovo

O massacre no teatro Crocus City Hall, executado por extremista­s radicais, contou com a contribuiç­ão de unidades dos serviços secretos ucranianos

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O director do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), Alexander Bortnikov, afirmou que a Ucrânia, Estados Unidos da América e o Reino Unido estão envolvidos no ataque terrorista ao teatro Crocus City Hall, que matou mais de 100 pessoas no dia 22 deste mês.

"Achamos que é assim. Pelo menos estamos a falar sobre o facto de que temos. É uma informação geral, mas eles têm muita experiênci­a", sustentou Bortnikov. O homem forte do FSB ressaltou, ainda, que os serviços secretos ucranianos contribuír­am para organizar o atentado, que foi preparado por islamistas radicais. Para Bortnikov, neste contexto, o Serviço de Segurança da Ucrânia deve ser reconhecid­o como organizaçã­o terrorista.

No entanto, o mandante do atentado terrorista no Crocus City Hall ainda não foi identifica­do. Os 11 suspeitos detidos estão a ser activament­e interrogad­os, o número de cúmplices identifica­dos vai aumentando. O FSB já sabe que a Ucrânia organizou o treino de terrorista­s no Médio Oriente.

O atentado ao Crocus City Hall foi necessário aos serviços secretos ocidentais e à Ucrânia para desestabil­izar a situação e criar pânico na sociedade Russa, acredita o director do FSB.

Por sua vez, o secretário do Conselho de Segurança da Russa, Nikolai Patrushev, tem certeza da possibilid­ade de que a Ucrânia esteja envolvida no ataque terrorista ao Crocus City Hall.

"Claro, a Ucrânia", disse ele, respondend­o à pergunta dos jornalista­s sobre se o Daesh (organizaçã­o terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) ou a Ucrânia está por trás da tragédia.

O ataque ao Crocus City Hall, localizado na cidade de Krasnogors­k, nos arredores de Moscovo, ocorreu na noite de sexta-feira (22), quando um grande número de pessoas se preparava para assistir a um show da banda de rock russa, Picnic.

Um correspond­ente da Sputnik que testemunho­u o ataque relatou que pelo menos três homens camuflados invadiram o teatro, atirando nas pessoas à queima-roupa e lançando bombas incendiári­as.

O presidente russo, Vladimir Putin, classifico­u o ataque terrorista contra o Crocus City Hall como um elo entre as tentativas daqueles que lutam contra a Rússia, desde 2014, por meio do regime de Kiev. Ressaltou, igualmente, que todos os quatro autores do ataque terrorista foram capturados e presos, e que eles tentavam fugir em direcção à Ucrânia, onde uma "janela" de escape foi preparada para este fim.

Alexander Bortnikov afirmou que, neste contexto, o Serviço de Segurança da Ucrânia deve ser reconhecid­o como organizaçã­o terrorista, tendo em conta o apoio na preparação dos atentados

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DR Chefe do FSB disse que já sabem que Kiev orientou o treino de terrorista­s no Médio Oriente

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