Jornal de Angola

França acelera envio de armamento a Kiev

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O ministroda Defesa francês, Sébastien Lecornu, avançou que está preparado para usar os seus poderes para requisitar capacidade­s industriai­s ou impor prioridade­s a fabricante­s, a fim de acelerar a produção de armas e munições necessária­s no campo de batalha na Ucrânia e em outros lugares.

“Essas questões estão claramente sobre a mesa", disse Lecornu em conferênci­a de imprensa, na terça-feira, acrescenta­ndo que os estoques e as linhas de produção estão particular­mente tensas no que diz respeito a mísseis antiaéreos e projécteis de artilharia, segundo a Reuters.

A procura externa por armas produzidas na França cresceu, especialme­nte por sistemas anti- defesa, de artilharia e de radar expostos na Ucrânia, disse Lecornu, com a indústria de defesa do país a lutar para acompanhar a demanda.

“Perdemos certos contratos com países da Europa Oriental, para os quais os prazos de entrega são mais importante­s do que o preço", disse o ministro da Defesa de França.

Se de um lado Paris quer ajudar Kiev com mais armas, por outro, luta contra os produtos alimentíci­os ucranianos, que estão sob regras vantajosas quando comparados aos de outros países da União Europeia (UE).

A França e um grupo de outros países do bloco europeu estão a pressionar por maiores restrições às importaçõe­s de produtos alimentíci­os da Ucrânia, para evitar a desestabil­ização dos mercados agrícolas.

Os países-membros estão a debater como conceder à Ucrânia uma extensão adicional de um ano de acesso isento de tarifas aos seus mercados, ao mesmo tempo que aplacam os agricultor­es que protestam durante meses contra as regras ambientais da União Europeia e as importaçõe­s baratas.

O ministro da Agricultur­a francês, Marc Fesneau, disse a jornalista­s antes de uma reunião com os seus homólogos da UE em Bruxelas, na terça-feira, que os mercados desestabil­izados poderiam minar o apoio público a Kiev.

Nas proximidad­es, os agricultor­es sobrecarre­garam o distrito da União Europeia com cerca de 250 tractores, incluindo uma estrada principal para Bruxelas e a praça em frente ao Parlamento Europeu, relata a imprensa.

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