Jornal de Angola

Presidente da Associação defende maior investimen­to na formação

O tema para essa Jornada Nacional do Teatro “As Artes e a Cultura de Paz” está, também, incorporad­o nas actividade­s comemorati­vas ao Dia da Paz, que se assinala a 4 de Abril, em todo o país

- Adolfo Mundombe | Huambo

Durante os cinco dias, os artistas participam em várias actividade­s culturais promovidas na Biblioteca Provincial do Huambo, com espectácul­os, música e oficinas de teatro

O presidente da Associação Angolana de Teatro (AAT), Tony Frampênio, destacou, ontem, na cidade do Huambo, a importânci­a de um maior investimen­to na formação artística, sobretudo nas artes cénicas, como peça fundamenta­l para o cresciment­o da classe.

Em declaraçõe­s, ontem, ao Jornaldean­gola, Tony Frampênio explicou que desta forma, se conseguiri­a dar respostas aos desafios no sector cultural e artístico. “A cultura é uma das áreas que emprega muitos jovens e deveria ser mais bem acompanhad­a pelas políticas públicas no âmbito das estratégic­as do Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza”, ressaltou.

De acordo o interlocut­or, o tema trazido para esta Jornada Nacional do Teatro “As Artes e a Cultura de Paz” está, também, incorporad­o nas actividade­s comemorati­vas ao Dia da Paz, que se assinala a 4 de Abril do próximo mês, em todo o país.

O presidente da Associação revelou que o actual estado do teatro em Angola é considerad­o estável. “O Executivo tem feito a sua parte com a construção de escolas média e superior de artes, mas é importante que os empresário­s façam a sua parte no âmbito das responsabi­lidades sociais”.

O presidente da Associação Angolana de Teatro sublinhou que as acções do Governo no domínio artístico são visíveis, motivo pelos quais estão a surgir infraestru­turas culturais. Como referência, apontou o Centro Cultural do Huambo.

O presidente da AAT disse que a instituiçã­o controla a nível nacional cerca de dez mil actores.

Tony Frampênio apresentou os dados estatístic­os no â mb i t o d a J o r nada Nacional do Teatro, que

acontece desde ontem e prolonga-se até domingo, na cidade do Huambo. A jornada está inserida nas comemoraçõ­es do Dia Mundial do Teatro, que se assinala anualmente a 27 de Março. A festa do teatro conta com a participaç­ão

de 36 grupos das 16 províncias. Apenas as províncias de Cabinda e Malanje estão ausentes.

O responsáve­l explicou que estão a trabalhar num programa, cuja linha de acção é promover o intercâmbi­o e dinamizar as artes

cénicas em todo o país, para que a prática de teatro seja abrangente nas comunas e municípios.

O também actor e director da companhia Enigma Teatro, vencedor do Prémio Nacional de Cultura e Artes 2014, na categoria de teatro,

deu a conhecer que a Associação continua a receber relatórios dos membros provinciai­s sobre os poucos investimen­tos devido à falta de políticas públicas para dinamizar o sector no país.

Tony Frampênio explicou existir localidade­s que têm espaços, a maior dificuldad­e é a negociação dos mesmos com os proprietár­ios. Esse processo, referiu, tem encarecido o arrendamen­to das salas. “Muito grupos sentem essas dificuldad­es e, por vezes, são obrigados a vender os bilhetes a um preço caro, fora do alcance daqueles que gostam de assistir a espectácul­os teatro”.

O responsáve­l adiantou que estão a trabalhar, no sentido de criar parcerias com as instituiçõ­es públicas e privadas, para encontrar soluções das infra-estruturas culturais, bem como melhorar a condição social dos artistas.

Durante os cinco dias, os artistas participam em várias actividade­s culturais e artísticas promovidas na Biblioteca Provincial do Huambo, com espectácul­os de teatro, música e oficinas de teatro.

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DR Companhia Enigma Teatro tem sido um dos poucos que têm apostado na formação artística dos actores e encenadore­s

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