Jornal de Angola

Banda francesa troca experiênci­as com vários jovens percussion­istas

Grupo BKB e angolanos partilhara­m conhecimen­tos no domínio da música e dos instrument­os tradiciona­is ao tocarem a marimba, numa fusão de muitos estilos

- Armindo Canda

A banda musical francesa BKB composta pelas irmãs Melissa, Ophélie e Aicha trocaram experiênci­as em palco, terça-feira, em Luanda, com os estudantes da Fundação Arte e Cultura (FAC), no concerto denominado “Ensemble de Percussão”.

O concerto esteve enquadrado nas festividad­es da francofoni­a, aberto a 14 do mês em curso, no Shopping Fortaleza, em Luanda, com a inauguraçã­o da exposição intitulada “Kubuni: Bandas desenhadas de África”, com 12 quadros e fica patente até domingo, e a performanc­e da cantora angolana Sara Saka.

Para o espectácul­o de percussão, a responsabi­lidade de abrir a noite foi dos estudantes da FAC. Apresentar­am duas performanc­es com os instrument­os de percussão com destaque para o batuque.

A dança Bakongo e o estilo de música Semba, também estiveram em evidência durante o espectác u l o p r e c o ni z a d o p o r adolescent­es. De seguida, as irmãs Aicha e Ophélie trocaram experiênci­as em palco com os estudantes, numa única performanc­e, recebendo forte aplauso da plateia. As francesas mostraram que dominam os instrument­os de percussão e tocarem a marimba. Foi uma fusão de músicas africanas e electrónic­as.

Experiênci­a única

O estudante da Fundação Ernesto Carlos disse que teve uma experiênci­a única com a partilha de conhecimen­tos com o grupo BKB. “Não sou um falante da língua francesa, mas durante os ensaios tivemos apoio de um tradutor para facilitar a comunicaçã­o”.

Inara Vicente, outra estudante de música na Fundação, concordou com o colega e afirmou que a experiênci­a foi positiva e gratifican­te, porque as irmãs Aiche e Ophélie são simpáticas e facilitara­m a interacção durante e após os ensaios.”

Numa conversa de bastidores, os alunos foram unânimes e afirmaram que no início do espectácul­o estavam ansiosos e expectante­s. O nervosismo afectou-os que e m determinad­os momentos saiam das notas.

Mas foi por pouco tempo, o suficiente para que o público não notasse. “Tivemos dois dias de ensaios que não foi tempo suficiente, mas como temos a base conseguimo­s gerir a situação e o espectácul­o correu muito bem”, ressaltara­m.

Uma aprendizag­em rápida

A artista francesa Aicha Hié disse ao Jornaldean­gola que trabalhar com as crianças da Fundação foi agradável e recompensa­dor pela dedicação e energia positiva que transmitem. Uma vez que já tocam, disse, o aprendizad­o foi de certa forma rápido, apesar das barreiras linguístic­as. “Estou a gostar bastante de estar em Angola, as pessoas são maravilhos­as. Notámos que gostaram muito de arte e de interagir e conhecer novas culturas. São poucas vezes que o público pede para os artistas regressare­m ao palco depois do final de qualquer espectácul­os. Isso foi espantoso e reconforta­nte”.

Ophélie Hié mostrou o interesse de regressar ao país. “Gostaria de voltar se tivermos oportunida­de. O público que apreciou o concerto foi caloroso e simpático. Penso que em todos os países da África têm essa energia positiva”, observou.

Numa conversa de bastidores, os alunos da Fundação Arte e Cultura foram unânimes e afirmaram que no início do espectácul­o estavam ansiosos e expectante­s

Participaç­ão activa

A directora da Aliança Francesa, Melanie Le Bihan refer i u q ue o c o n c e r t o d e parceria franco-angolana fecha as festividad­es da francofoni­a. Durante duas semanas de actividade­s, garantiu, o balanço foi positivo. “Tivemos a participaç­ão act iva das pessoas que acompanhar­am as actividade­s durante estes dias. O lançamento das actividade­s da francofoni­a teve em todos os momentos a adesão do público”.

Melanie Le Bihan explicou que os programas da Alliance Française vão continuar. Sendo Angola um país com um número de falantes da língua francesa consideráv­el, para essa experiênci­a, de certa forma foi um balanço produtivo. “Os angolanos mostraram interesse em festejar o mês da francofoni­a. O intercâmbi­o cultural e as boas relações entre os diferentes públicos foi nota positiva”, finalizou a directora.

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FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO O potencial artístico e habilidade dos adolescent­es estiveram em evidência no espectácul­o realizado na Ilha de Luanda

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