Justiça esclarece futuro da presidente do Parlamento
A Justiça sul-africana decide, na próxima semana, sobre a acção urgente da presidente do Parlamento, Nosiviwe Mapisa-ngakula, para evitar a detenção num caso de alegada corrupção. A decisão judicial será proferida na terça-feira, anunciou, ontem, a juíza sul- africana Sulet Poterill, citada pela Efe.
O Tribunal Superior de Pretória, capital do país, ouviu, na segunda-feira,umpedidourgente de Mapisa-nqakula,submetido napassadasexta-feiraparainterditarasuadetençãopelasautoridades que a investigam por alegada corrupção pública de mais de 2,3 milhões de rands (cerca de 112 mil euros).
Na audiência, a Autoridade Nacional de Acusação (NPA, na sigla em inglês), no âmbito do Ministério Público, considerou ser “um abuso de poder” a tentativa da líder do Parlamento sul-africano e política do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, de impedir a sua detenção, decidindo, também, os termos da acusação referentes à investigação criminal de que é alvo.
O Ministério Público sul-africanoindicouquetinhasolicitado à Mapisa-nqakula a entregarse às autoridades numa esquadra da polícia e depois a comparecer no tribunal, como “etapa processual”. Na passada terça-feira, investigadores da elite policial criminal sul-africana HAWKS, em articulação com o NPA, revistaram a residência de Nosiviwe Mapisa-nqakula, em Joanesburgo, indicou à imprensa o porta-voz do Parlamento, Moloto Mothapo. No requerimento submetido ao tribunal, Mapisa-nqakula solicitou que as entidades que a investigam fossem interditadas de a prender, reiterando a intenção de provar a sua inocência no caso de alegada corrupção, assim como limpar o seu nome e restaurar a sua reputação, segundo a Lusa.
A presidente da Assembleia Nacional foi implicada em alegaçõesdesuborno,queremontam ao tempo como ministra dadefesa-uma questão levantada, pela primeira vez, no Parlamento em 2021, pelo líder do Movimento Democrático Unido (UDM), Bantu Holomisa, na oposição.
Mapisa-nqakula enfrenta alegaçõesdecorrupçãodemais de 2,3 milhões de rands (cerca de 112 mil euros) em alegados subornosemcontratosdaforça dedefesanacionaldaáfricado Sul quando desempenhou o cargo de ministra da Defesa entre 2012 e 2021.