Mais de 400 pessoas ficaram desalojadas
Um total de 451 pessoas residentes nas aldeias de Senga e Quifumbe, no município d o Uíge ,está, háumasemana, semabrigo, em consequência das fortes chuvas que caem nas localidades.
A chuva, acompanhada de ventos fortes e granizos, já destruiu um jango comunitário, com 90 casas, sendo 80 da aldeia Senga e dez de Quifumbe. As famílias sinistradas refugiaram-se em casas de vizinhos, amigos, parentes e em algumas salas de aula das escolas primárias existentes nas referidas aldeias.
“Fomos surpreendidos pela forte chuva. Perdemos quase tudo, desde a roupa, utensílios de cozinha e materiais didácticos”, lamentou Morena Bernardo, de 43 anos, uma das moradoras afectadas.
Mãe de cinco filhos e moradora na aldeia Senga, há mais de 35 anos, a sinistrada disse que estão a viver em péssimas condições, situação que está a provocar febres e outras complicações de saúde aos filhos.
Domingas Manuel, de 28 anos, mãe de três filhos, é outra residente da aldeia do Senga que ficou, também, sem casa para morar. Visivelmente abalada, está, no momento, a viver, com os filhos, precariamente.
O soba do Senga, Armando Calendawa, esclareceu que as 80 residências destruídas pela chuva na aldeia, deixaram ao relento 330 pessoas. “A situação é preocupante, tendo em conta as dificuldades que a população está a passar”, disse.
A autoridade tradicional adiantou que as famílias afectadas, maioritariamente camponesas, necessitam de apoios em bens distintos, entre os quais chapas de zinco, pregos, roupa e alguns utensílios de cozinha. Numa outra aldeia, a do Quifumbe, a chuva arrasou 10 casas, deixando ao relento 120 moradores. O Soba da aldeia, Miguel José, lamentou o sucedido e disse que as famílias afectadas estão, neste momento, albergadas em salas de aula da escola primária da localidade.
Apoios
A Administração Municipal do Uíge está, de acordo com uma fonte da instituição, a f azer um l evantamento exaustivo das famílias afectadas, a fim de receberem os apoios necessários.