Jornal de Angola

Grupo Ombaka comemora aniversári­o com exibição da peça e distinções

No começo, o projecto de teatro estava dividido em três categorias. Havia a classe A dos adultos, com os actores provenient­es do antigo projecto Muenho, a classe B e C, que funcionava­m como viveiros

- Arão Martins | Benguela

O C o l e c t i vo de Artes Ombaka de Benguela, de referência nacional, aumentou de cinco pessoas, em 2005, altura em que foi fundado, para mais de 200 actualment­e.

Para saudar os 19 anos de existência, assinalado­s no passado dia 5 do corrente mês, aproveitou as comemoraçõ­es do Dia Mundial do Teatro, assinalado a 27 deste mês, para na noite de sexta- feira, render uma homenagem aos membros fundadores.

Com mais de 30 peças exibidas, entre as quais destacam- se “Como um raio de sol”, “A mulher em 3D”, “Meu amor da Rua 11”, “Sonhei com Man Nguxi”, "A Independên­cia" e "O Elevador", a direcção fez a entrega de diplomas e brindes aos f undadores do Colectivo de Artes Ombaka, acto que ficou marcado com a exibição da peça de teatro “Eu e o Teatro".

A peça foi exibida pelos membros fundadores do grupo. Actuaram as actrizes Heloísa dos Santos, actualment­e professora da cadeira d e Ad m i n i s t r a ç ã o d e Empresas e Análise Económica e Financeira, no Instituto Politécnic­o do Lubango, província da Huíla, Marta Caete e os actores Jaime Paulo e Delmany Trindade.

O grupo já teve a passagem de vários actores e actrizes que estão a dar seguimento e o seu contributo em outras áreas do saber em Luanda, Huíla, Lunda- Norte, Huambo, Cabinda e Uíge. Num acto e mocionante, a a c t r i z Heloísa dos Santos “Mila”, memb r o f u n d a d o r d o grupo, esclareceu que o Colectivo de Artes Ombaka surgiu na separação do grupo Muenho.

“Quando saímos do grupo Muenho, surgiu a ideia da criação de um outro grupo”. Mila contou que numa conversa com alguns responsáve­is da Cultura local, esclarecer­am o significad­o da palavra “Ombaka”, nome atribuído ao colectivo.

A i deia do projecto, disse, era também, o de agregar outras disciplina­s artísticas além do teatro. “Nós queríamos c r i a r outras artes dentro do colectivo, como é o caso da dança, música e poesia, daí o nome Colectivo de Artes Ombaka”, explicou.

O grupo, referiu, começou com cinco e em curto espaço de tempo passou a ter 16 integrante­s, sob coordenaçã­o do actor Sincero Muntu. No começo, lembrou a co- fundadora, o grupo estava dividido em três categorias. Havia a classe A dos adultos, com os provenient­es do antigo projecto Muenho, a classe B e C, que funcionava­m como viveiros. Diferente de outros grupos, o Colectivo de Artes Ombaka Teatro de Benguela não nasceu de uma igreja. “De forma geral, o grupo tem estado a progredir, no sentido de incentivar a juventude a fazer arte, sobretudo, dálos alguma ocupação salutar em que possam desenvolve­r o potencial artítico”.

Sob l ema “Aprender para viver e viver para aprender na vida”, para

Heloísa Ferreira, é preciso i ncentivar as j ovens a enveredar no teatro, tendo anunciado a criação de um núcleo do Colectivo Artes Ombaka na Huíla.

Segundo Heloísa Ferreira, a Huíla precisa de reactivar o teatro. “Falámos das artes cénicas no dia 27, mas, não vi aquela entrega e amor das pessoas pelo o teatro. Então, quero levar essa proposta, sobretudo, para incentivar as meninas no âmbito do empreended­orismo feminina”, defendeu.

A ideia do projecto, era também, o de agregar outras disciplina­s artísticas além do teatro

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FOTOS DE ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO Colectivo de Artes num dos momentos de exibição da peça “Eu e o Teatro” durante a gala em homenagem aos fundadores

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