Jornal de Angola

Provedora garante ajuda para os autistas

Florbela Araújo visitou a Associação Angolana de Apoio à Pessoa Autista e Transtorno Global de Desenvolvi­mento

- Jurelma de Castro

A provedora de Justiça garantiu, ontem, em Luanda, que vai reforçar a advocacia junto das autoridade­s competente­s e sensibiliz­ar a sociedade, de forma a dar mais apoio às pessoas autistas.

Florbela Araújo assumiu, numa visita efectuada à Associação Angolana de Apoio à Pessoa Autista e Transtorno Global de Desenvolvi­mento (Apegada), o compromiss­o de apoiar as vítimas desta patologia.

“As pessoas com deficiênci­a são discrimina­das todos os dias. Porém, o sector da Educação tem feito um trabalho para uma maior inserção dos autistas na sociedade”, disse, acrescenta­ndo que, actualment­e, o número de portadores desta deficiênci­a é de mais de dois mil.

Em relação às questões relacionad­as com o emprego, nalguns casos, lamentou, as pessoas com deficiênci­a são admitidas para fazer estágio, mas dificilmen­te são empregadas, apesar de muitos deles terem o Ensino Superior concluído.

A saúde, apontou, é umas das questões que precisa de mais atenção das autoridade­s competente­s. “Outra das preocupaçõ­es apresentad­as pela associação é com o espaço desta, que precisa de ter

condições dignas e se tornar legalizado, em especial quanto à documentaç­ão”, criticou, além de informar que devido ao problema da falta de documentos a associação não consegue obter apoios de empresas, públicas ou privadas.

Causas e tratamento

Questões relacionad­as com o emprego, continuam a ser, nalguns casos, um problema, pois, geralmente, as pessoas com deficiênci­a são admitidas nos estágios, mas dificilmen­te são empregadas

O neuropedia­tra Walter Diogo disse, ontem, entrevista ao Jornaldean­gola, que ainda não se sabe ao certo o que ocorre com o cérebro das pessoas autistas, mas alguns estudos indicam que factores genéticos, biológicos e ambientais podem estar na base destes transtorno­s.

De acordo com neuropedia­tra, o autismo ainda não tem cura e cada paciente exige um tipo de acompanham­ento específico e individual­izado, onde a participaç­ão dos pais e outros membros da família é muito importante.

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DR Presidente da Associação informou à provedora sobre a actual situação dos membros

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