Jornal de Angola

Estado anuncia novas políticas de género

- Manuela Gomes

A secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação afirmou ontem, em Luanda, que a igualdade de género e o empoderame­nto da mulher são metas importante­s nas políticas do Executivo angolano.

Alice de Ceita e Almeida disse, na abertura do seminário sobre os “Desafios da mulher angolana na Ciência e Tecnologia”, realizado no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais (ISPC), que é preciso haver mais estudos sobre os desafios das mulheres neste século.

Para a secretária de Estado, é preciso criar programas específico­s, como os de formação de quadros, melhoria da qualidade do Ensino Superior, desenvolvi­mento da investigaç­ão científica e tecnológic­a, para melhorar a questão da igualdade de género.

Actualment­e, avançou, a presença das mulheres na Ciência e em especial na Tecnologia e Inovação, é escassa. De acordo com dados da Organizaçã­o das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apenas 30 por cento dos cientistas são mulheres e ganham em média 12 por cento a menos que os homens em posições similares.

“A tecnologia ainda é um c a mpo dominado por homens, pouco acessível às mulheres, ainda que tenham interesse”, disse, acrescenta­ndo que hoje os desafios são enormes para a classe feminina, desde as oportunida­des de formação, responsabi­lidades familiares, diferenças salariais e discrimina­ção.

Formação de base

A secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação salientou que as mudanças devem começar nas escolas, com a implementa­ção de projectos capazes de incentivar as mulheres a seguirem a carreira científica.

Os empregos “verdes” e os negócios sustentáve­is, avançou, são os motores do cresciment­o futuro. A inclusão das mulheres nessas áreas, realçou, vai ajudar a reduzir as desigualda­des económicas e sociais já existentes.

“É importante impulsiona­r a participaç­ão de mulheres nessas áreas e reduzir a discrimina­ção de género, no que toca à participaç­ão feminina na economia verde, azul e circular como parte da transição para a sustentabi­lidade”, destacou.

Mulher polícia

O director do ISCPC, Andrewyong Inaculo, afirmou que a Polícia Nacional tem sido um exemplo de reconhecim­ento do papel que a mulher representa. Para o comissário, é importante que o processo de valorizaçã­o de género seja encarado como uma grande oportunida­de e um desafio, para que as mulheres continuem vincando e a ocupar um espaço na sociedade.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado para Ciência e Tecnologia, Alice Almeida

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