Jornal de Angola

Grupos internacio­nais valorizam o mercado espacial africano

- Joaquim Suami

A presidente e fundadora da Arusha Space, Camille Alleyne, destacou, terçafeira, em Luanda, que a III e di ç ã o da “Newspace Africa Conference” vai trazer benefícios para o cont i nente na resolução de problemas climáticos, segurança alimentar, agrícola, produção, recursos minerais e dos solos, para o bem estar das populações.

A capital de Angola acolhe, de terça a sexta-feira, a III edição da “Newspace Africa Conference”, que decorre sob o lema "O Papel do Sector Espacial em África no Combate à Pobreza".

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Camille Alleyne disse que, para além da conferênci­a servir como uma alavanca para solucionar os problemas que os países emergentes enfrentam, junta, igualmente, líderes de várias empresas, que reconhecem os benefícios que os programas espaciais trazem para o desenvolvi­mento social e económico do mundo.

A gestora da Arusha Space, que é uma empresa global de consultori­a e soluções espaciais, disse que está a participar na conferênci­a com o objectivo de trazer soluções espaciais e desenvolvi­mento socioeconó­mico para os países africanos, em geral, e de Angola, em particular.

"A Arusha Space está focada em ajudar a desenvolve­r os países emergentes, com programas estratégic­os espaciais, em diferentes áreas. Estamos a trabalhar ao redor do continente africano à procura de parceiros para podermos trazer soluções espaciais. Estamos, i g ualmente, no Médio Oriente, América e em outros continente­s", disse.

A gestora afirmou ainda que, em 10 anos, a Arusha Space vai conseguir desenvolve­r o mundo com impactante­s programas espaciais.

Sul-africanos em força

A Agência Espacial Nacional Sul-africana (SANSA) pretende ampliar, este ano, o estabe- lecimento de parcerias de pesquisa, para ajudar as ins- tituições públicas e privadas dos países africanos a desenvolve­rem novos métodos de processame­nto de imagens, para obtenção de informaçõe­s, a partir de programas de observação da terra, anunciou, ontem, em Luanda, a directora do Departamen­to de Negócios, Nale Mudau.

Revelou ao Jornal de Angola que a SANSA desenvolve programas de observação da terra para tomada de decisões de geoinforma­ção de produtos e serviços nas áreas da agricultur­a e planeament­o de integridad­e espacial, e que pretende passar esta experiênci­a aos países africanos.

Nale Mudau, que também é responsáve­l pelo programa de observação da terra,indicou que a SANSA está focada em quatro programas fundamenta­is, como Data Acesso, que fornece informaçõe­s sobre agricultur­a, produção e segurança alimentar, gestão climática, desastres e assent a mentos h u manos. Segundo Nale Mudau , a SANSA fornece igualmente formações sobre o tempo para prevenir as companhias aéreas e passageiro­s.

"A agricultur­a tem sido a nossa grande preocupaçã­o, porque as famílias camponesas demoram muito tempo para fazerem o levantamen­to das áreas para a produção agrícola. Temos cerca de 100 antenas e aplicamos o sistema Data para darmos informaçõe­s das áreas favoráveis para agricultur­a", disse.

Acrescento­u que a SANSA está também focada na área da engenharia de construção de infra-estruturas.

A A g ê n c i a E s pa c i a l Nacional Sul-africana trabalha também com programas ambientais, de comunicaçã­o, informação e desenvolvi­mento.

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO Mercado tecnológic­o apresenta produtos inovadores

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