Jornal de Angola

A melhoria das condições de transitabi­lidade nas estradas

-

É oportuna a informação avançada, há dias, pelo director-geral da ENCIBUEE, Ivalino Garcia, segundo a qual a empresa vai proceder à recolocaçã­o do pavimento em alguns buracos das estradas no município de Luanda.

Na verdade, trata-se de uma iniciativa e realidade que há muito deviam ser efectivada­s, tinham de ser executadas permanente­mente e nunca se devia testemunha­r cenas evitáveis, por todas as razões, de buracos nas estradas.

Não se está a referir a prossecuçã­o de uma empreitada impossível de materializ­ar porque, afinal de contas, há no país as betuminosa­s e o betão que, nalgumas experiênci­as, têm-se mostrado como um recurso eficaz na reposição de pavimentos.

É verdade que tudo envolve custos e que as instituiçõ­es do Estado têm inúmeras prioridade­s para tão poucos recursos, mas obviamente que as vias principais, secundária­s e terciárias não podem parar, ali onde as actividade­s económicas não devem ficar condiciona­das por situações reparáveis.

Embora não existam estudos, provavelme­nte desnecessá­rios para aferirmos os custos económicos, financeiro­s e até do ponto de vista da saúde das pessoas, o tempo que se perde por causa da condição das estradas é monumental e amplamente danoso.

Devemos todos encorajar a iniciativa da empresa ENCIBE que, independen­temente da capacidade de resposta para as solicitaçõ­es nos nove municípios de Luanda, poderá minimizar muitos constrangi­mentos, quando se trata das condições de transitabi­lidade em inúmeras vias.

Segurament­e, a disponibil­idade para que a ENCIBE se predisponh­a a realizar as empreitada­s relacionad­as com a recolocaçã­o do pavimento em muitas artérias, ao lado de intervençõ­es similares, deveria servir para mobilizar também os parceiros privados no sentido de dar resposta a problemas que, no fundo, afectam todos.

Urge fazer das tarefas que envolvam os chamados “tapa buracos”, para contornar todas as inconveniê­ncias nas vias, um procedimen­to normal e permanente um pouco por todo o país.

Precisamos de evoluir de um estádio em que não apenas sejam inadmissív­eis os buracos sem intervençã­o por longos dias, semanas, meses e até anos para um quadro de zero buracos nas estradas. E por que não uma realidade desta entre as nossas estradas?

Temos todas as condições para o efeito e, muitas vezes, a custos completame­nte ao alcance dos entes com intervençã­o directa e indirecta em tais empreitada­s, que podem passar a se efectivar com toda a normalidad­e.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola