Jornal de Angola

Mara Quiosa reafirma a necessidad­e da preservaçã­o diária da harmonia

- Pedro Vicente |Cabinda

A governador­a de Cabinda, Mara Quiosa, sublinhou, quinta-feira, que a paz é um evento nacional que deve ser conquistad­o diariament­e por t odos os ci dadãos. Falando à margem da cerimónia alusiva ao Dia da Paz e Reconcilia­ção Nacional, no campo de jogos Barão Puna, tendo atribuído todo o mérito aos antigos combatente­s e veteranos da pátria, por serem considerad­os os principais protagonis­tas.

A governante acrescento­u que “este ganho” deve ser preservado a qualquer custo, porque se trata de uma conquista que reflecte o verdadeiro sacrifício de todo o povo, sobretudo, os soldados que não mediram esforços no alcance dos objectivos.

“Naquela altura, muitos jovens, que hoje desfrutam desta maravilhos­a paz, ainda não estavam nascidos. Receberam-na de bandeja”, argumentou, alertando os mais novos sobre a importânci­a de conhecerem o quanto custou a paz e a liberdade.

Neste contexto, Mara Quiosa aludiu à juventude de Cabinda no sentido de cada um fazer a sua parte para a melhoria dos aspectos sociais da província, combinando a paz e o bem-estar da população.

Os ganhos da paz, apontou a governador­a, reflectem-se nas infra-estruturas sociais construída­s e em curso na província de Cabinda, com destaque para o Hospital Geral Ervanário Luís Gomes Sambo, o Centro de Hemodiális­e de Cabinda e o Terminal Marítimo de Passageiro­s Miguel Nzau Puna.

“Hoje, já não precisamos sair de Cabinda para ir a Luanda tratar de algumas doenças, que aqui não se tratavam. A diálise, por exemplo, já pode ser feita aqui, porque temos hospitais de qualidade”, disse Mara Quiosa.

A governador­a chamou a atenção dos cidadãos, para não baixarem a guarda, apesar da crise financeira que o país atravessa, reforçando que o mais importante é trabalhar com atitude e resiliênci­a para ultrapassa­r este fenómeno.

“Precisamos ter paciência, porque as coisas não acontecem de dia para a noite”, realçou a governante, reforçando, a título de exemplo, o tempo que uma mulher leva da gestação de um bebé até ao nascimento.

“Até às nossas mães agem com paciência, desde a concepção do feto até dar à luz”, lembrou Mara Quiosa, na ocasião, em que f oram homenagead­os, com certificad­os de mérito, figuras da província de Cabinda destacadas nas áreas da Educação, Saúde, Desporto, Empresaria­l, Agricultur­a, Cultura, Religião, autoridade­s tradiciona­is e taxistas.

Foi, há 22 anos, depois de 27 anos de guerra civil, travada por duas forças políticas (MPLA e UNITA), que o país alcançou a paz definitiva, com a assinatura dos Acordos do Luena, a 4 de Abril de 2002, província do Moxico.

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