Jornal de Angola

Angolanos no exterior celebram aniversári­o da paz com esperança num futuro melhor

As comemoraçõ­es da efeméride decorrem, em todo o território nacional, nas missões diplomátic­as e consulares até 25 deste mês, sob o lema "4 de Abril: juntos pelo cresciment­o inclusivo do país”

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diplomátic­as angolanas assinalara­m sob diversas formas o 22.º aniversári­o da conquista da paz efectiva, em 2002, tendo reunido as comunidade­s para reflectir sobre o futuro do país, através de conferênci­as, palestras, mesas-redondas e debates em fóruns na Internet.

Na Nigéria, Benin e Níger, o embaixador José Bamoquina Zau chamou o corpo diplomátic­o, a comunidade e antigos combatente­s, em Cotonou, para realçar o simbolismo da efeméride, enquanto no Reino Unido da Grã-bretanha, Irlanda do Norte e Irlanda, Geraldo Nunda reserva para este sábado um webinar, com um painel cheio de especialis­tas.

No Reino de Espanha, a data também não passou despercebi­da, já que o chefe da missão, Alfredo Dombe, abordou, junto dos compatriot­as, a construção de um futuro sólido, sustentado pela paz e reconcilia­ção, como motores de desenvolvi­mento.

Em Portugal, a Embaixada de Angola organiza, este sábado, uma conferênci­a num hotel de Lisboa, com transmissã­o via Zoom, denominada “juntos pelo cresciment­o inclusivo do país”.

A conferênci­a vai ter como oradores o brigadeiro Manuel Correia de Barros e o estudante Ayrton Pahula, que abordarão, respectiva­mente, as "soluções africanas para ganhar a paz, África do Sul e Angola” e "os benefícios da paz para a juventude”.

Durante o evento, prevêse a actuação do trovador Kizua Gourgel, além de uma intervençã­o, para consideraç­ões finais, da embaixador­a de Angola em Portugal, Maria Ferreira.

Desafio de redinamiza­r a cooperação

O embaixador de Angola na Nigéria, Benin e Níger, José Bamoquina Zau, descreveu, quinta-feira, em Cotonou, o 4 de Abril como um marco histórico que simboliza a harmonia e a prosperida­de dos angolanos.

Bamoquina Zau disse que o 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconcilia­ção Nacional, tem o mesmo peso político e histórico que o 11 de Novembro, referente à Independên­cia de Angola, pelo que “todo angolano deve se rever nesta data”.

O embaixador falou para o corpo diplomátic­o, acreditado na República do Benin, à comunidade angolana, aos antigos combatente­s beninenses que participar­am da Luta de Libertação de Angola e aos académicos, na cerimónia celebrativ­a do Dia da Paz.

Segundo o diplomata, os Acordos de Paz do Luena foram uma “solução interna entre irmãos” que se revelou muito sólida, segura e consensual, sem quaisquer incidentes entre os soldados então envolvidos no longo conflito armado. “Obtivemos uma solução nossa que relançou o espírito de unidade nacional e de celebração desta data, sob o lema: juntos pelo cresciment­o inclusivo do país”, observou o embaixador durante a actividade, momentos antes de convidar os investidor­es beninenses a sondarem o mercado angolano para os investimen­tos, consideran­do o país seguro e estável para os negócios.

Bamoquina Zau apontou as relações diplomátic­as entre Angola e Benin como excelentes, havendo a necessidad­e da redinamiza­ção c om a actualizaç­ão do Acordo-quadro de Cooperação entre os dois países.

No Benin, residem mais de duas dezenas de angolanos e seus descendent­es que durante a cerimónia de celebração do Dia da Paz receberam os Cartões de Identidade Consular.

O Governo do Benin foi representa­do nas celebraçõe­s do Dia da Paz pelo secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeir­os, Frank Armel Afoukou, que reforçou a necessidad­e da actualizaç­ão dos principais instrument­os jurídicos de cooperação para relançar a irmandade entre os dois Estados, que data da década de 1970, com a participaç­ão de cidadãos beninenses na Luta de Libertação de Angola.

À margem das actividade­s do 4 de Abril, Oloushegun Bakary Adj a d i , ministro dos Negócios Estrangeir­os do Benin, recebeu, em audiência, o embaixador José Bamoquina Zau com quem abordou sobre a cooperação bilateral.

Pilares para construção de um futuro próspero

Já o embaixador de Angola no Reino de Espanha, Alfredo Dombe, considerou, quinta-feira, em Madrid, que a conquista da paz e o estabeleci­mento de um processo de reconcilia­ção nacional são pilares fundamenta­is para a construção de um futuro próspero e harmonioso para todos os angolanos.

O diplomata falava no âmbito das jornadas do mês da paz, dirigidas aos membros da comunidade, sob o tema "construind­o um futuro sólido: a Importânci­a da paz e da reconcilia­ção nacional como motores de desenvolvi­mento".

Alfredo Dombe exortou, mais adiante, aos presentes que não se esqueçam de Angola, pois estão a ser criados os mecanismos de desenvolvi­mento que necessitam da participaç­ão e inclusão de todos os nacionais, independen­temente da cor partidária, da filiação religiosa e da proveniênc­ia geográfica.

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DR Várias cidades europeias e africanas foram palcos de actividade­s para assinalar a estabilida­de de mais de duas décadas de Angola

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