Jornal de Angola

Mais de três mil médicos fazem cursos de especializ­ação no país

Representa­nte interino da OMS em Angola disse que pelo menos 4,5 mil milhões de pessoas no mundo estão sem acesso aos serviços básicos de saúde

- António Cristóvão

Três mil e 202 médicos estão, actualment­e, a frequentar uma formação de especializ­ação no país, anunciou, ontem, na Baía de Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, no quadro da celebração do 76.º aniversári­o do Dia Mundial da Saúde, que hoje se comemora.

O médico especialis­ta em Saúde Pública disse, após a participaç­ão numa caminhada realizada sob o lema “Minha Saúde, Meu Direito”, numa distância de cinco quilómetro­s, cujo ponto de partida foi o Porto de Luanda e chegada defronte ao Largo Amizade Angola-cuba (ex-Baleizão), que dos 3.202 médicos em cursos de especializ­ação, 598 são médicos de família a trabalhare­m nos municípios.

O secretário de Estado informou, igualmente, que, dos 3.202 médicos, 1.549 estãoa fazer formação pós-média, para ajudar a melhorar a qualidade dos serviços de Saúde, no quadro de um projecto de especializ­ação, com a envolvênci­a de um total de 38 mil profission­ais do sector.

O número de profission­ais da Saúde, lembrou, aumentou, nos últimos anos, e hoje o sector conta com uma força de trabalho de 40,5 por cento. “O aumento da força de trabalho nos últimos anos foi acompanhad­o com a especializ­ação de 266 médicos e 602 em pós-média”, disse.

O secretário de Estado destacou, ainda, a construção e apetrecham­ento de novas unidades sanitárias, entre 2017 e 2024. “Registou-se, igualmente, um aumento da cobertura do diagnóstic­o precoce infantil em todo o país”, garantiu.

Entre os ganhos, destacou a campanha “Nascer Livre para Brilhar”, que permitiu o alargament­o do acesso das mulheres grávidas ao diagnóstic­o de Vírus da Imunodefic­iência Humana (VIH) nas consultas pré-natal e tratamento das seropositi­vas. “Além disso, ajudou a reduzir a transmissã­o do VIH de mãe para filho”.

Em relação às grandes endemias, reconheceu que se registou um aumento de casos de malária, assim como uma redução da taxa de mortalidad­e. Em relação à tuberculos­e no país, o secretário de Estado, que falava em representa­ção da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, garantiu que há um aumento da rede de serviços, elevando para 67 por cento a taxa de sucesso de tratamento da doença.

“Angola tem, hoje, um Serviço Nacional de Saúde mais forte e resiliente. Isto é indubitáve­l”, garantiu o secretário de Estado, apesar de reconhecer que ainda há muito por se fazer no sector para aumentar a oferta de cuidados de saúde primários.

Representa­nte da OMS

Pelo menos 4,5 mil milhões de pessoas no mundo estão sem acesso aos serviços básicos de saúde, revelou, ontem, em Luanda, o representa­nte interino da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), em Angola, Yoti Zabulon.

“É imperioso trabalharm­os juntos e unidos para garantir os direitos humanos básicos, que são a saúde e o bem-estar, a dignidade e uma boa qualidade de vida para todos, independen­temente de quem são”, afirmou.

O médico aproveitou para renovar o compromiss­o de continuar a trabalhar, afincadame­nte, com o Governo e os parceiros para dar solução aos desafios que ainda afectam o Sistema Nacional de Saúde. “Vamos continuar a trabalhar juntos para reforçar os hábitos saudáveis, prevenir as doenças e garantir a saúde para todos”, disse a concluir.

O número de profission­ais da Saúde, lembrou, aumentou nos últimos anos e hoje o sector conta com uma força de trabalho de 40,5 por cento.

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ARMANDO COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Centenas de pessoas percorrem cinco quilómetro­s para saudar o Dia Mundial da Saúde

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