“Realizámos progressos significativos na última década”
A directora regional da Organização Mundial da Saúde(oms) para a África, Matshidiso Moeti, destacou os progressos alcançados pelos países membros na última década, para garantir melhores resultados de saúde para as respectivas populações.
Numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que hoje se assinala, a responsável indicou que, de 2000 a 2020, a esperança de vida das mulheres africanas aumentou de 54 para 67 anos, a taxa de mortalidade materna diminuiu em 33% (de 788 para 531 óbitos maternos por 100 000 vidas), e o número de crianças que morreram antes do seu quinto aniversário foi reduzido em 50% de 2000 a 2017.
Entre 2011 e 2021, prosseguiu, o número de novas infecções por VIH e de mortes relacionadas com a SIDA diminuiu 44% e 55%, respectivamente, em toda a África, e o número de mortes por tuberculose diminuiu 26%. Além disso, acrescentou, há várias doenças na i minência de serem erradicadas ou eliminadas, como a poliomielite, a dracunculose e o tétano materno e neonatal.
“Aplaudo, igualmente, os esforços dos nossos Estadosmembros para acelerar os progressos rumo à cobertura universal de saúde. Estão a reformar as suas políticas de saúde e a renovar os seus quadros legislativos e regulatórios, incluindo os regimes nacionais de seguro de saúde e de seguro social de saúde, para reduzir as despesas catastróficas com a saúde suportadas pelo utente”, sublinhou.
A directora regional da OMS indicou que vários países começaram a operacionalizar uma abordagem integrada do ciclo da vida, que prioriza a saúde dos indivíduos em cada fase da sua vida e os cuidados necessários a qualquer momento.
Matshidiso Moeti considerou a saúde não apenas um direito humano fundamental, mas também um elemento essencial para a paz e a prosperidade. No seu entender, devem ser avaliadas as considerações dos grupos vulneráveis e as suas necessidades serem propositadamente integradas nos programas de saúde a todos os níveis, para acelerar os progressos com vista à consecução da cobertura universal de saúde.
“Exorto os nossos Estadosmembros a defenderem os progressos no sentido do cumprimento do direito à saúde, acordado por todas as nações do mundo em 1948 e consagrado na Constituição da OMS”, apelou a directora regional, acrescentando que o direito à saúde é um direito universal de todos os seres humanos, independentemente da raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, propriedade, nascimento ou outro estatuto.