União Europeia pode ampliar missão militar em Moçambique
Estados-membros da União vão apreciar uma proposta, a pedido das autoridades nacionais, de reforço das Forças Armadas Moçambicanas com meios não letais
A Comissão Europeia decide, na próxima semana, o futuro da Missão de Treino da União em Moçambique (EUTMMOZ), com a possibilidade de transformação do carácter táctico procedimental da missão, que, até agora, dota as Forças Armadas de capacidade operacional em acções contra o terrorismo, anunciou Josep Borrell.
“A missão de formação militar da UE em Moçambique está, actualmente, a passar por uma revisão estratégica do seu mandato, que expira em Setembro de 2024”, lêse numa resposta escrita do Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da UE, Josep Borrell, a uma pergunta colocada por um membro do Parlamento europeu, referindo que o mandato actual é treinar 11 forças de reacção rápida (QRF) a serem destacadas em Cabo Delgado.
Borrell disse que a EUTMMOZ, liderada desde 2022 (mandato de dois anos) por Portugal, está a treinar a última QRF da Marinha moçambicana. “Através do Mecanismo Europeu para a Paz, a UE presta apoio às Forças Armadas moçambicanas com 89 milhões de euros para a aquisição de equipamento não letal para as unidades treinadas pela EUTM-MOZ, o que continuará ao longo deste ano”. Acrescentou que uma proposta sobre o futuro da EUTMMOZ será discutida e aprovada pelos Estados-membros nas próximas semanas".
O ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, manifestou, em 29 de Fevereiro, a convicção na continuidade da EUTMMOZ, pedindo, também, armamento letal. “O programa vai continuar, porque as forças que estão no terreno precisam de ser refrescadas, além de que têm de partilhar as situações enfrentadas no teatro de operações, provavelmente para mudar algumas coisas", disse o ministro, em resposta à agência Lusa, após uma re união, e m Maputo, com a presidente do Comité Político e de Segurança da União Europeia, Delphine Pronk.