Jornal de Angola

Governo reforça oferta de bens e serviços no pólo da Catumbela

Vice-governador­a de Benguela deslocou-se ao centro que congrega 89 unidades fabris e promete reforço da provisão de infra-estruturas, benefícios fiscais e financeiro­s

- Arão Martins | Benguela

O compromiss­odo Executivo de continuar a criar infraestru­turas no Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela-benguela (PDICB) foi, ontem, reafirmado pela vice-governador­a para o Sector Político, Social e Económico, Lídia Amaro.

O Pólo conta com 89 empresas com operações na i ndústria alimentar, bebidas, fertilizan­tes, obras públicas e construção, cerâmica, produção de blocos e prestação de serviços e tem zonas de expansão no Luongo, tendo definidas para os investidor­es vantagens como benefícios fiscais, apoio institucio­nal do Estado, infra-estruturas e serviços como o acesso à água e electricid­ade.

Lídia Amaro, que visitou várias unidades fabris instaladas do Pólo para constatar o potencial instalado, disse que o PDICB t em como âncora principal o Corredor do Lobito, que continua a despertar o interesse da comunidade internacio­nal.

A visita de Lídia Amaro visou aferir o potencial de oferta do PDICB para cobrir a procura e impulsiona­r o comércio no Corredor do Lobito, que se prevê que vai levar inúmeros investidor­es a Benguela.

O PDICB, lembrou, está situado num eixo de extrema importânci­a para a província de Benguela, o país e a região da África Austral, pelo que o Governo vai continuar a

prestar incentivos financeiro­s, fiscais e a prover infraestru­turas para viabilizar a implantaçã­o de negócios.

O Caminho-de-ferro de Benguela (CFB) e o Porto do Lobito constituem “o pulmão principal” do PDICB, constituin­do-se em activos “bastante estratégic­os" pela caracterís­tica de servirem a região Centro e Sul do país e países encravados da região, com potencial para o trânsito de mercadoria­s diversas no sentido ascendente e descendent­e.

Centro logístico do país

Benguela ascende, mediante os projectos estruturan­tes em curso, à condição de principal centro logístico do país, já que vai contar, também, com a Refinaria e o Aeroporto Internacio­nal da Catumbela,

em fase de certificaç­ão, disse prever a vice-governador­a.

Estas perspectiv­as, prosseguiu, levam o Governo a dedicar "um olhar muito mais atento na provisão de bens e serviços públicos. “Devemos estar preparados e devemos criar as melhores infra-estruturas, de modo a que não só os empresário­s que já estão cá, mas também aqueles que querem investir nesta região, não sintam as suas expectativ­as defraudada­s”, disse.

Tendo em conta o desafio do Executivo de criar postos de trabalho, a vice-governador­a de Benguela afirmou que, por aquilo que viu, a geração de emprego no PDICB é positivo. “Há aqui muita oferta de emprego” e o objectivo é aumentar estes números", afirmou Lídia Amaro.

Segundo a responsáve­l, existem muitas mulheres nos postos de t rabalho. “I s s o, para nós, é uma garantia do cumpriment­o, por parte dos empresário­s, das aspirações do Governo e da sociedade angolana no domínio da igualdade de género”, disse.

Durante a visita, a vicegovern­adora percorreu, também, uma empresa que trabalha na gestão sustentáve­l dos resíduos sólidos, por considerar que as questões ambientais são um elemento fundamenta­l que deve s er observado no PDICB. “As indústrias aqui têm estado a observar questões ambientais”, disse, um domínio em que o Governo vai continuar a trabalhar com as empresas e reforçar os níveis de exigência.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO Lídia Amaro (à direita) recebe informaçõe­s sobre o potencial de uma unidade fabril do PDICB

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