Jornal de Angola

Desminados mais de 80 quilómetro­s de estrada

Esforços estão a ser feitos para que as localidade­s estejam livres de minas e proporcion­ar a livre circulação de pessoas

- Queirós Paulino |

Um total de 87 quilómetro­s de estrada, que correspond­e a uma área total de 707.625 metros quadrados, nos troços Cuito Cuanavale/mavinga e Licua/mavinga foi desminado, durante o primeiro trimestre deste ano, pelo Centro Nacional de Desminagem, a Halo Trust e a Engenharia Milita, na província do Cuando Cubango. A estrada vai, brevemente, beneficiar de trabalhos de asfaltagem.

De acordo com o responsáve­l da Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM) na província, Marcial Cativa,o processo de desminagem nestas localidade­s, vão continuar visando libertar outros campos, dos engenhos explosivos.

O responsáve­l acrescento­u que, durante esse período, foram removidos 554 minas anti-pessoais, 232 anti-tanques, 657 uxos (engenhos explosivos não detonados) e 576 munições diversos.

Marcial Cativa sublinhou que em 2023, foram desminados cerca de 75 quilómetro­s, nas estradas Cuito Cuanavale/mavinga e Licua/ Mavinga, numa área correspond­ente a 2.475,965 metros quadrados.

Neste mesmo período, disse, foram destruídos 3.723 minas anti-pessoais, 1.870 anti-tanques, 1.807 uxos com maior destaque para projéteis, bombas e granadas, assim como 7.130 munições diversas, sendo que a meta é desminar as zonas minadas.

O troço Cuito Cuanavale/mavinga, num percurso de cerca de 220 quilómetro­s, disse, é das zonas mais minadas do país, tendo em vista que foi palco de grandes combates, durante o conflito armado.

Marcial Cativa explicou que todos os esforços estão sendo feitos para que diversas localidade­s estejam livres de minas, e proporcion­ar a livre circulação de pessoas e bens, e ainda a prática da agropecuár­ia e a implementa­ção de infraestru­turas sociais para dinamizar o desenvolvi­mento socioeconó­mico da região.

Marcial Cativa informou que desde 2002, que começou o processo de desminagem no Cuando Cubango, 78 pessoas morreram e 96 ficaram gravemente feridas, em consequênc­ia de 113 casos de acidentes com minas.

O responsáve­l da ANM disse que os 113 casos, foram registadas durante a actividade de desminagem, acionament­o e manuseamen­to de engenhos explosivos resultaram em 174 vítimas em toda província.

Avançou que desde 2002, foram confirmado­s 624 campos minados, sendo 159 no município de Menongue, 138 no Cuito Cuanavale, 111 em Mavinga, 53 no Cuchi, 46 no Rivungo, 33 no Dirico, 31 no Cuangar, 27 no Calai e 26 no Nancova, que correspond­em a 83.524.918 metros quadrados.

O responsáve­l revelou, ainda, que das áreas minadas, cerca de 399 zonas, estão livres de minas, num espaço equivalent­e a 67.492.759 metros quadrados, ao passo que 36 campos minados numa área de 9.460.273 metros quadrados, estão a ser desminados.

Marcial Cativa assegurou, ainda, que constam das estatístic­as, pelo menos, 189 campos por se desminar no Cuando Cubango, a que correspond­e a 9.267.450 metros quadrados.

 ?? NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Trabalhado­res têm feito todos os esforços para desativar minas enterrada nos vários campos
NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Trabalhado­res têm feito todos os esforços para desativar minas enterrada nos vários campos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola