Infra-estruturas na Huíla encantam Aníbal Manave
Pavilhões da Nossa Senhora do Monte precisam de restauração num prazo de três meses e a gestão entregue aos agentes privados
As condições das infraestruturas desportivas e da rede hoteleira encontradas na cidade do Lubango, província da Huíla, para albergar uma das séries da 31ª edição do Campeonato Africano das Nações em basquetebol sénior masculino, Afrobasket 2025, deixaram satisfeito o presidente da FIBA-AFRIque, Aníbal Manave.
Acompanhado pelo presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Moniz Silva; os vice-governadores da Huíla para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, Hélio de Almeida, e para o Sector Político, Social e Económico, Maria João Chipalavela, entre outros, Aníbal Manave trabalhou durante algumas horas no Lubango, onde constatou “in situ” a realidade dos meios disponíveis.
No final da visita, Aníbal Manave disse sair da Huíla com muito boa impressão: “Achamos que a província da Huíla tem condições de acolher uma das séries do Afrobasket. Vamos dar luz verde para ser um dos locais da prova”, garantiu.
O moçambicano reiterou que a e s c ol ha final da pequena cidade de Lubango, agora, vai depender "da própria Federação Angolana de Basquetebol, a entidade responsável pela decisão final".
O presidente da FIBAAfrique enalteceu a qualidade do empreendimento desportivo: "Tomara que muitos países africanos tivessem um pavilhão parecido ao da Nossa Senhora do Monte, localizado numa área turística e muito linda!".
O pavilhão Multiuso de Nossa Senhora do Monte e os campos de treino precisam de restauração que pode ocorrer num prazo de três, desde que se mobilizem recursos financeiros para o efeito, segundo o dirigente.
Manave aconselhou fazer a captação junto de empresas interessadas em rentabilizar o espaço ou o Estado assume as despesas.
"Os pavilhões não precisam do Estado para gerência. Então, as empresas investidoras podem recuperar o investimento se cuidarem bem da manutenção e colocálos no mercado. Eles pagamse por si próprio face à boa localização geográfica", aferiu.
A realização do Afrobasket tem como objectivo "a recuperação das infra-estruturas nos países- membros da Fiba-afrique e a Huila já os tem; não se vai construir novas". As condições actuais não convencem a instituição continental. Manave aclara: “Se fosse para realizar os jogos amanhã, por exemplo, não teria a mínima condição, porém, há tempo suficiente para a total recuperação”.
Face à situação de degradação, defende que "o Estado, por via dos governos locais, é o principal responsável pela recuperação das infra-estruturas desportivas" à semelhança do que foi feito em 2007.
"O Governo de Angola custeou todas as despesas. Agora, estamos à espera que seja o Governo outra vez como fez no futebol e noutros desportos. As infraestruturas servem para apoiar a promoção e desenvolvimento do desporto", advogou. A Fiba-afrique, assegurou Manave, vai ter outros níveis de comparticipações significativos. "Aí veremos com a FAB em que âmbito poderemos comparticipar", lançou.