Adalberto Júnior justifica figuras contestadas na lista de deputados da UNITA
O político que falava a partir dos Estados Unidos da América, onde se encontra em visita desde a semana passada, garantiu que as figuradas que têm sido alvo de protestos, como é o caso de Abel Chivukuvuku, foram inseridas na lista de deputados porque se i
Opresidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, justificou, ontem, a inclusão de figuras do Bloco Democrático, do PRA-JA Servir Angola e da sociedade civil na lista de candidatos a deputado à Assembleia Nacional pelo seu partido e que tem sido motivos de contestações.
Na semana finda, a entrega da lista de candidatos a deputados da UNITA ao Tribunal Constitucional sofreu uma série de contestações por parte de militantes deste partido. Entretanto, defronte ao Tribunal, um grupo de militantes manifestou-se contra a inclusão de Francisco Viana, empresário e antigo militante do MPLA, e Abel Chivukuvuku, líder do projecto político PRAJA Servir Angola, proposto na lista ao cargo de vice-presidente da República, caso a UNITA vença as eleições de Agosto próximo.
A inserção destas figuras foi encarada, pelos militantes, como uma forma de desrespeito e traição cometida por Adalberto Costa Júnior que, por sua vez, minimizou as acusações e disse que todos os integrantes da lista estão aí por estarem comprometidos com o país e com as causas da UNITA
Adalberto Costa Júnior, que falava em entrevista à Voz da América, a partir dos Estados Unidos da América, onde se encontra em visita desde a semana passada, garantiu que estas figuras vão trazer uma mais-valia ao seu partido
Segundo ainda o político, a UNITA continua a trabalhar para vencer as eleições deste ano e pôr em acção o seu programa de governo, que tem como foco a melhoria das condições sociais dos angolanos, pelo que espera o voto de confiança destes.
Concorrência desleal
O presidente da UNITA deplorou ainda o tratamento desigual que é dado ao seu partido na comunicação social pública e noutros órgãos de justiça, em relação ao partido no poder.
Conforme explicou, apesar de várias denúncias, o MPLA continua a desrespeitar a Lei de Imprensa, dos Partidos Políticos e a Constituição da República, ao “puxar” para si os órgãos de comunicação social públicos, sobre tudo nesta fase de pré-campanha eleitoral.
Outrossim, lamentou o aproveitamento político que o partido no poder tem feito no que toca à redução dos preços da cesta básica. O presidente da UNITA acusou assim o MPLA de criar estratégia para, nesta fase eleitoral, reduzir os preços da cesta básica para, simplesmente, angariar votos dos cidadãos.
“É um desrespeito aos angolanos porque não é apenas em tempo de eleição que as pessoas sentem fome. Os angolanos sentem fome todos os dias”, lamentou.