OPais (Angola)

Número de mortos encontrado­s em discoteca sul-africana aumenta para 20

Milhares de pessoas manifestar­am-se contra a NATO nas ruas do centro de Madrid, cidade que acolhe a cimeira da Aliança Atlântica entre Terça e Quinta-feiras. O número de mortos encontrado­s numa discoteca na cidade costeira de East London, na África do Sul

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Organizada por plataforma­s que juntam associaçõe­s, sindicatos e partidos que são contra a guerra na Ucrânia e a Organizaçã­o do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês da aliança de defesa entre países da Europa e da América do Norte), os manifestan­tes gritaram durante mais de duas horas palavras de ordem como “não à guerra imperialis­ta”, “Agora mais que nunca NATO não” ou “NATO não, bases fora”.

As palavras de ordem — como os cartazes e faixas com frases contra a NATO — foram sendo gritadas em vários idiomas, incluindo português e coreano.

Um grupo do Partido Democrátic­o do Povo (comunista) da Coreia do Sul deslocou-se a Madrid para manifestar a sua oposição à aproximaçã­o do país asiático à NATO e a uma eventual adesão à aliança militar, como explicou à Lusa um dos elementos que estava no protesto, que acrescento­u que isso seria “uma ameaça de guerra” e que os coreanos não querem voltar a estar num conflito militar, numa referência à guerra na península coreana, que dividiu a Coreia em Norte e Sul. De Portugal, viajaram 20 elementos do Conselho Português feridos

no hospital e há ainda dois em estado muito crítico”, indicou, num canal televisivo local, a chefe dos serviços, Weziwe Tikana-Gxothiwe, citada pela France-Presse, depois de um primeiro balanço rês para a Paz e Cooperação, “um autocarro cheio” de elementos da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) e uma representa­nte do Movimento Democrátic­o de Mulheres.

A oposição à NATO é “sempre uma linha determinan­te da acção do Conselho Português para a Paz e a Cooperação”, justificou Julie Neves, à Lusa, sublinhand­o que está em causa “o cumpriment­o da própria Constituiç­ão da República Portuguesa, onde está prevista a dissolução dos blocos político-militares”.

Julie Neves acrescento­u que o CPPC condena “todas as guerras e todas as ocupações”, como da polícia indicar que tinham sido encontrado­s 17 corpos de jovens com idades entre 18 e 20 anos.

A morte dos jovens está a ser investigad­a pela Polícia sul-africana, adiantou a agência AP.

O jornal local Daily Dispatch relatou que os corpos foram espalhados por mesas e cadeiras sem quaisquer sinais visíveis de ferimentos. a da Ucrânia, pela Rússia, e continua a defender que “a dissolução da NATO é determinan­te para alcançar a paz”.

As bandeiras das juventudes comunistas europeias foram das mais presentes na manifestaç­ão, sobretudo as da Juventude Comunista espanhola, ao lado da qual desfilou o grupo da JCP, ao ritmo do grito, em português: “Para a guerra milhões, para os povos só tostões”.

Gonçalo Francisco, da direcção nacional da JCP, disse que “um autocarro cheio” levou o grupo de Lisboa a Madrid para a manifestaç­ão, não sabendo precisar “um número exacto” de participan­tes. “Neste momento não podemos confirmar a causa da morte”, disse o porta-voz dos serviços de saúde Siyanda Manana, citado pela AP.

“Vamos realizar autópsias o mais rapidament­e possível para estabelece­r a causa provável da morte. Os mortos foram levados para casas mortuárias estatais”, acrescento­u.

O objectivo foi “mostrar o compromiss­o da JCP com a paz e o desarmamen­to”.

“Estamos profundame­nte convictos de que a guerra não serve os povos nem a juventude e é preciso denunciar o papel que a NATO tem”, afirmou, condenando a intenção do governo português de aumentar o orçamento “para o negócio do armamento” quando “a juventude passa por tantas dificuldad­es” e “há carências, por exemplo, ao nível da saúde”. Regina Marques, do Movimento Democrátic­o de Mulheres (MDM) de Portugal desfilou ao lado de elementos do mesmo grupo de Espanha e Itália, depois de ter estado nos dias anteriores em iniciativa­s (debates e conferênci­as) de uma “contra cimeira” da NATO.

“Estamos aqui contra a cimeira e a mostrar a unidade que estamos contra as guerras, contra as guerras todas. A NATO é uma força de guerra, agressiva “, disse Regina Marques à Lusa, que lembrou a cimeira da Aliança Atlântica em 2010, em Lisboa, quando tomou uma “decisão histórica de alargament­o a regiões não atlânticas”.

“Está a dinamizar-se e a expandir-se, mas a dinamizar-se com armas, não com diálogo”, sublinhou.

Segundo a AP, o proprietár­io do clube, Siyakhange­la Ndevu, contou a uma emissora local que tinha sido chamado à discoteca no início da manhã: “Ainda não sei o que realmente aconteceu, mas quando fui chamado de manhã disseram-me que o local estava demasiado cheio e que algumas pessoas estavam a tentar forçar a sua entrada“,

Entre os milhares que desfilaram em Madrid, havia pessoas de todas as idades e nem todas estavam integradas em partidos, associaçõe­s, movimentos ou sindicatos.

Foi o caso de Maria, de 71 anos, espanhola que não quis dizer o apelido à Lusa. Empunhando um pequeno cartaz em que pedia “diálogo pela paz”, afirmou que é “absolutame­nte contra a guerra” e “o armamento crescente” e, por isso, saiu à rua, como faz com frequência, para participar em manifestaç­ões.

A deste Domingo pareceu-lhe especialme­nte cheia de jovens: “Normalment­e, os que vimos somos todos mais velhos. As pessoas que viveram o franquismo participam mais que os jovens”, afirmou, numa referência à ditadura espanhola liderada por Francisco Franco, que acabou em 1975.

A manifestaç­ão de Madrid contou com cerca de 2.200 pessoas, segundo o Governo espanhol, sendo que os organizado­res e a Polícia não avançaram com números.

Entre os participan­tes estiveram membros de partidos de esquerda da plataforma Unidas Podemos, com quem os socialista­s governam a Espanha em coligação. A Espanha mobilizou 10 mil agentes das forças policiais, o maior dispositiv­o em mais de 45 anos de democracia, para garantir a segurança durante a cimeira da NATO de Madrid e os dias anteriores.

A operação de segurança tinha, ontem, o primeiro grande teste, com esta manifestaç­ão, por poderem acorrer a Madrid os designados “grupos anti-sistema” e provocarem distúrbios, o que não aconteceu. contou.

Segundo a agência Efe, na página da rede social Facebook do bar é referido que o espaço foi reservado na noite de Sábado para os festejos de aniversári­o de duas pessoas.

A cidade de East London fica a cerca de 700 quilómetro­s a Sul de Joanesburg­o.

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DR Europeus protestam contra a NATO nas ruas de Madrid

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