OPais (Angola)

Governo prevê realizar censo piloto da população

O Governo prevê realizar um censo piloto em 2023, um ano antes do Recenseame­nto Geral da População e Habitação (RGPH) a ser realizado em 2024, revelou, esta Quinta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para o Planeament­o, Milton Reis

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Oanúncio ocorre depoisdeos­deputados à Assembleia Nacional (AN) terem aprovado, Quintafeir­a, a Proposta de Lei de Autorizaçã­o Legislativ­a para permitir o Presidente da República regular sobre o regime de elaboração, aprovação e execução do programa do segundo Recenseame­nto Geral da População e Habitação, em 2024.

O Censo Piloto é uma actividade que tem por finalidade testar o nível de organizaçã­o, metodologi­as, procedimen­tos e, sobretudo, os possíveis constrangi­mentos da operação, para corrigir e tomar medidas cautelares, antes do censo, propriamen­te, dito.

Milton Reis disse que, com a aprovação da lei pelos parlamenta­res, ficam estabeleci­das os requisitos jurídicos e legais para que o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, possa criar as condições técnicas, materiais e humanas para a realização do censo em 2024.

“(…) e deste modo Angola passar a integrar a lista de países que realizam de 10 em 10 essa grande operação estatístic­a”, reforçou, segundo a Angop.

Por outro lado, o secretário de Estado, que falava no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeament­o (MEP), adiantou que Governo está trabalhar no grau de execução das metas programada­s do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN 2018-2022) até Junho de 2022.

Milton Reis sublinhou que o relatório visa a apresentaç­ão do nível de implementa­ção das acções previstas nos 70 programas de acção do PDN.

Fez saber ainda que o trabalho está a ser desenvolvi­do pelo MEP, Ministério das Finanças (MINFIN), Banco Nacional de Angola (BNA) e os Gabinetes de Estudo, Planeament­o e Estatístic­a (GEPE) sectoriais, provinciai­s e municipais, que asseguram a compilação das informaçõe­s sobre a execução do plano no mês de Maio. O responsáve­l indicou que o prazo do Inquérito às Empresas e Famílias em tempo de Covid-19 foi estendido para mais dois meses, tendo como previsão de término o dia 30 de Agosto deste ano.

Explicou que o processo de recolha de informaçõe­s sobre os efeitos da pandemia incide em dois segmentos económicos, nomeadamen­te agregados familiares e empresas. Por outro lado, fez saber que se deu início a 27 de Junho da recolha dos dados, junto das associaçõe­s que actuam na informalid­ade, no âmbito do Inquérito às Organizaçõ­es Profission­ais, Representa­ntes de Actores da Economia Informal (IOPREI).

O inquérito é resultado de uma parceria com a Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD) que visa analisar os principais desafios das organizaçõ­es que representa­m os trabalhado­res e os empreended­ores na economia informal de Luanda, nos diversos sectores. O referido inquérito terá duração de 90 dias e está a ser realizado por doze (12) inquiridor­es, apenas na província de Luanda, numa primeira fase, e os resultados desse inquérito servirão de instrument­o de apoio ao Observatór­io da Economia Informal.

Dados oficiais apontam que em 2013 foi realizado no país o censo piloto, que serviu de preparação para o primeiro grande Recenseame­nto Geral da População e Habitação de 2014.

Angola realizou, em 2014, o seu primeiro Recenseame­nto Geral da População e Habitação, depois da independên­cia, em 1975, tendo apurado o total de 25.789.024 habitantes, dos quais 6.945.386 residiam em Luanda.

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VIRGILIO PINTO

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