OPais (Angola)

Aumenta para 64 o número de mortos no naufrágio ao largo de Itália

O último corpo, de um jovem, foi localizado, ontem, numa praia depois de ter sido arrastado pela maré, indicou a agência de notícia AdnKronos, também citada pela agência Reuters

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NAs o passado Domingo, o cadáverdeu­marapariga de 14 anos foi encontrado na mesma zona.

autoridade­s estimam que ainda falta encontrar dezenas de pessoas desapareci­das. Dos 200 ocupantes da embarcação foram recuperado­s até ao momento 81 sobreviven­tes.

Pelo menos quatro pessoas foram detidas por alegada responsabi­lidade no tráfico destes migrantes. As rotas do Mediterrân­eo central provocaram desde 2014 mais de 20.500 mortes, entre as quais 284 desde o passado mês de Janeiro, de acordo com os dados da Organizaçã­o Internacio­nal para as Migrações.

Entretanto, o Governo italiano defendeu, ontem, que a lei que limita a actuação de barcos de resgate de migrantes usados por organizaçõ­es não-governamen­tais nada tem que ver com naufrágios como aquele que matou mais de 60 pessoas no Domingo. O ministro do Interior,

Matteo Piantedosi, afirmou que o decreto das organizaçõ­es não-governamen­tais “é muito necessário porque, num contexto de crestro

cimento numérico, a percentage­m de desembarqu­es nas nossas costas por meios navais das ONG diminuiu, considerav­elmente, e não há relação entre os novos regulament­os e o possível aumento de mortes no mar”.

“Aqueles que estabelece­m relação entre o naufrágio do Cutro (Steccato di Cutro, na região da Calábria) e o novo regulament­o estão a dizer falsidades, ou por desconheci­mento ou má-fé, uma vez que é um caminho que as ONG nunca percorrera­m”, disse o ministro, em entrevista publicada, ontem, no jornal “Corrière della Sera” .

Piantedosi também garantiu que todo o possível foi feito para tentar o resgate, mas as condições do mar eram terríveis.

Na Segunda-feira, a organizaçã­o MédicosSem­Fronteiras(MSF)classifico­u as declaraçõe­s da primeirami­nistra e do ministro do Interior italianos como uma “chapada na cara” dos migrantes, ao insinuarem que estes foram responsáve­is pela própria tragédia, por embarcarem numa viagem tão perigosa. Giorgia Meloni e Matteo Piantedosi referiam-se aos migrantes que se encontrava­m a bordo da embarcação precária que naufragou, Domingo, ao largo da Calábria.

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DR Corpos de migrantes após o naufrágio continuam a ser retirados do mar

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