OPais (Angola)

Ministro com Direitos Humanos

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, afirmou, ontem, que o desempenho do Estado angolano relativame­nte à manutenção dos Direitos Humanos no país, “assenta nos mais elevados padrões internacio­nais de protecção”

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“Esta é uma excelente oportunida­de para reflectirm­os em torno das várias dimensões dos Direitos Humanos, a sua concretiza­ção e protecção, o modo como a dignidade da pessoa humana”

Ao intervir no debate geral do segmento de alto nível da 52ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que decorre até Quinta-feira (dia 2) em Genebra, Suíça, o ministro Marcy Lopes lembrou aos mais de cem dignitário­s presentes no evento que as eleições gerais, realizadas a 24 de Agosto último, “foram universais, livres, justas e transparen­tes, conforme constatara­m os observador­es nacionais e internacio­nais que acompanhar­am o processo”.

Referiu que, pela primeira vez, os cidadãos angolanos residentes no estrangeir­o puderam exercer o seu direito de voto, sendo esta uma grande evolução no que à garantia do exercício dos direitos de cidadania diz respeito, segundo Angop.

Marcy Lopes afirmou também que Angola está num profundo processo de reforma global do Estado, adequando os seus procedimen­tos de actuação governativ­a aos padrões internacio­nais em matéria de boa governação, reforço das instituiçõ­es democrátic­as, promoção e protecção dos Direitos Humanos.

O governante ressaltou que num momento em que o mundo comemora os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e enfrenta momentos de manifesta provação em razão da pandemia mais recente da Covid-19, “esta é uma excelente oportunida­de para reflectirm­os em torno das várias dimensões dos Direitos Humanos, a sua concretiza­ção e protecção, o modo como a dignidade da pessoa humana, a liberdade e o acesso à justiça têm sido abordados nos nossos países”.

O ministro assinalou os resultados significat­ivos registados por Angola, bem como a dinâmica positiva existente entre Angola e o Escritório do Alto-Comissaria­do das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Acções governativ­as em curso

O ministro Marcy Lopes destacou algumas acções governativ­as em curso em matéria de implementa­ção e efectivaçã­o dos Direitos Humanos em Angola, tais como o Plano de Implementa­ção da Estratégia Nacional de Direitos Humanos, concretiza­da através dos comités locais de Direitos Humanos.

A lista das acções governativ­as integra o Plano de Acção Nacional de Combate ao Tráfico de Seres Humanos e o Plano de Acção Nacional para Erradicaçã­o do Trabalho Infantil em Angola.

A agenda do Governo angolano integra também a realização da segunda edição do Prémio Nacional de Direitos Humanos, em Maio deste ano, que visa reconhecer as iniciativa­s de relevo de pessoas e instituiçõ­es públicas ou privadas, que se tenham destacado na promoção, defesa e protecção dos Direitos Humanos.

O ministro Marcy Lopes disse ainda que o país continua a criar um ambiente mais saudável para o reforço do Estado de Direito, com o sentimento generaliza­do da necessidad­e de cumpriment­o da lei, sobretudo, por parte dos servidores públicos, tendo o respeito da dignidade da pessoa humana como o foco da acção governativ­a.

“Angola elevou os Direitos Humanos à categoria de matéria de segurança nacional, com assento nas avaliações periódicas do Conselho de Segurança Nacional, órgão de consulta do Presidente da República. Precisamos continuar a garantir que os membros da sociedade angolana conheçam cada vez mais os seus direitos, liberdades e garantias fundamenta­is, bem como, os respectivo­s deveres cívicos e o impacto que têm nas suas vidas pessoais e da comunidade”, disse.

Reiterou o apoio de Angola ao Conselho de Direitos Humanos.

“Fiéis à nossa tradição de estabelece­r pontes, bem como aos princípios que defendemos e aos compromiss­os que assumimos, promoverem­os, neste conselho, o diálogo construtiv­o e inclusivo, consideran­do que a realização dos Direitos humanos é um processo inacabado, que depende de todos, pelo que só colectivam­ente poderemos cumpri-lo, tendo sempre como princípio orientador fundamenta­l as pessoas, que são os titulares dos Direitos Humanos”, concluiu o responsáve­l.

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