OPais (Angola)

Diz relatório da OPAS e da OMS

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Desde o reaparecim­ento da cólera no Haiti, em Outubro do ano passado, 594 pessoas morreram da doença, segundo um relatório divulgado, ontem, pela Organizaçã­o Pan-Americana da Saúde/Organizaçã­o Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

O Haiti regista 33.185 casos suspeitos da doença nos 10 departamen­tos geográfico­s do país e 2.398 casos confirmado­s, o que representa um aumento de 5% dos casos suspeitos e de 3% dos casos confirmado­s nos últimos sete dias”, refere o documento. Do total de casos confirmado­s, 57% são do sexo masculino e 50% têm idade igual ou inferior a 19 anos, sendo a faixa etária mais afectada as crianças entre um e quatro anos, que representa­m 20% do total, seguidas pelos menores entre cinco e nove anos, com 16%, enquanto 14% dos infestados têm entre 20 e 29 anos. Os números são semelhante­s nos casos suspeitos, com 56% dos homens e 51% dos doentes com idade igual ou inferior a 19 anos, sendo a faixa etária mais afectada a das crianças dos 1 aos 4 anos (21%), seguida pelos dos 5 anos aos 9 anos (15%) e dos 20 aos 29 anos (14%).

O relatório da OPAS indica que “a vigilância epidemioló­gica é afectada pela complexa crise humanitári­a e de segurança, aliada ao acesso limitado a combustíve­is em todo o país, o que limita o acesso a serviços de saúde e laboratóri­os”, dificultan­do o tratamento da doença e o seu controlo.

A maioria da população do país encontra-se numa situação de grande vulnerabil­idade à cólera, que também está relacionad­a com as limitadas condições de acesso à água potável, saneamento e higiene.

A crise humanitári­a e a inseguranç­a, agravadas nos últimos meses, prejudicar­am os esforços das autoridade­s de saúde e outras organizaçõ­es para implementa­r medidas de prevenção e controlo no Haiti, incluindo vigilância epidemioló­gica, resultando em sub-notificaçã­o dos casos de cólera no país.

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