OPais (Angola)

França pede na reunião de G20 “paz justa e duradoura” na Ucrânia

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Aministra dos Negócios Estrangeir­os de França, Catherine Colonna, instou, ontem, o G20, reunido em Nova Delhi, a “apelar para uma paz justa e duradoura” na Ucrânia, consideran­do a guerra no país “baseada em mentiras”.

Numa intervençã­o, Catherine Colonna defendeu que a invasão russa da Ucrânia “violou todas as leis da guerra e da humanidade”. “O G20 deve responder claramente, como já o fez na cimeira de Bali e na Assembleia das Nações Unidas”, disse a responsáve­l, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeir­os das 20 nações mais industrial­izadas do mundo. A guerra na Ucrânia é um dos temas que domina a agenda do encontro. Uma das dificuldad­es da reunião vai ser chegar a acordo sobre uma declaração conjunta sobre a guerra, à semelhança do que foi alcançado durante a cimeira dos líderes do G20 em Bali, em Novembro do ano passado, sob a presidênci­a rotativa da Indonésia.

Este ano, a presidênci­a do G20 cabe à Índia.

“Devemos encontrar formas de proteger os mais vulnerávei­s em vez de deixar que a guerra gerada pela Rússia prejudique toda a gente”, acrescento­u a chefe da diplomacia francesa.

Espera-se que os Estados Unidos e a União Europeia, por um lado, e a China e a Rússia, por outro, tomemumapo­sição,paraqueaÍn­dia, na qualidade de presidente, ponha fim à crise geopolític­a e económica causada pela invasão russa. A posição do Governo do primeiromi­nistro indiano, Narendra Modi, que até agora não condenou explicitam­ente as acções da Rússia, é vista, em certas ocasiões, como um apoio velado ao Kremlin.

Isto apesar de, em Setembro, Modi ter dito ao Presidente russo, Vladimir Putin, que não era tempo de guerra, uma declaração analisada como uma crítica à invasão da Ucrânia. A comunidade internacio­nal espera agora que Nova Deli sirva de ponte para o isolamento internacio­nal de Moscovo.

Para a reunião foram convidados os representa­ntes das 20 nações do grupo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeir­os russo, Sergey Lavrov, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe da diplomacia chinesa, Qin Gang.

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