Crianças internadas na Pediatria da Caconda morrem por falta de transfusão de sangue
interlocutor, provoca embaraços no serviço dos técnicos de saúde.
“Este é um centro, mas em termos funcionais desempenha funções de um Hospital Pediátrico. Desde que este centro foi desmembrado do Hospital Municipal, enfrentamos enormes dificuldades por não ser uma estrutura com orçamento próprio”, frisou.
O responsável conta que ”temos problemas de sobrelotação, porque este centro tem a capacidade de 30 camas e nós temos internados 50 pacientes”. “O que faz com que em cada cama nós colocamos duas crianças”, justificou.
Cerca de 200 pacientes atendidos por dia
Luciano José Dumbo informou ainda que o Centro Pediátrico de Caconda assiste diariamente cerca de 200 pacientes com diversas patologias, com destaque para a malária, doenças respiratórias agudas, anemia e má nutrição.
Segundo o médico, a anemia e a má nutrição são as doenças que mais afligem a direcção do Centro Pediátrico de Caconda. Este centro funciona apenas com dois enfermeiros, um técnico de diagnóstico e terapêutica e um médico, o que tem dificultado os trabalhos no atendimento aos pacientes.
O director do referido centro, Luciano José Dumbo, disse que a escassez de recursos humanos, nomeadamente enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica tem beliscado a qualidade dos serviços prestados na unidade sanitária.
“Temos falta de recursos humanos, sobretudo para o laboratório, médicos e enfermeiros. Nós temos apenas um técnico de laboratório que diariamente tem a obrigação de atender entre 150 a 200 amostras, o que torna cansativo o trabalho”, frisou, salientando que necessitam de pelo menos mais três técnicos de laboratório. De salientar que a Caconda é um dos 14 municípios que compõem a província da Huíla. Localiza-se a norte do município do Lubango, capital huilana, numa distância de 238 quilómetros. A sua população, maioritariamente camponesa, está estimada em 186 mil habitantes.
Luciano José Dumbo