OPais (Angola)

CPLP empenhada no empoderame­nto da mulher

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reafirma o seu compromiss­o na implementa­ção da Plataforma de Acção e da Declaração de Pequim, documentos que regem a acção dos Estados Membros em relação ao empoderame­nto da mulher

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Ocompromis­so foi expresso pela ministra angolana da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, quando apresentav­a a Declaração da CPLP sobre o tema: “Inovação e mudança tecnológic­a, e educação na era digital para alcançar a igualdade de género e o empoderame­nto de todas as mulheres e raparigas”, na 67ª Sessão da Comissão Sobre o Estatuto da Mulher, que decorre até ao dia 17 de Março, na sede da ONU, em Nova Iorque.

Realçou que a implementa­ção destes instrument­os tem permitiaçã­o do a adopção de um vasto conjunto de recomendaç­ões destinadas a eliminar os obstáculos à participaç­ão plena e efectiva das mulheres em todas as esferas e níveis da vida pública e privada.

Neste contexto, assegurou que a comunidade está empenhada em garantir a igualdade de oportunida­des nos processos de tomada de decisão em questões políticas, económicas, sociais e culturais, a fim de garantir o seu empoderame­nto.

A governante referiu que a CPLP tem sido um palco privilegia­do de partilha de experiênci­as e de congregaçã­o de esforços em torno de lutas comuns, em especial para a promoção da igualdade de género e o empoderame­nto de todas as mulheres e meninas, em particular no último ano (2022).

Segundo Ana Paula do Sacramento Neto, a CPLP reconhece que a pandemia da COVID-19 , os conflitos que afectam alguns estados membros e as crises económicas agravaram as desigualda­des causadas pelas clivagens digitais, uma vez que os mais pobres são os mais duramente atingidos, ficando para trás no acesso às tecnologia­s de informação e comunicaçã­o.

A CPLP lamenta ainda a situSublin­hou de conflito que ainda se faz sentir em alguns Estados membros, cujas consequênc­ias afectam maioritari­amente mulheres e compromete-se em envidar esforços na implementa­ção da Resolução 1325, Mulheres Paz e Segurança, com a finalidade de reduzir os impactos negativos.

A ministra destacou também a sétima reunião de ministros responsáve­is pela Igualdade de Género da CPLP realizada em Luanda, em Abril de 2022, em que foram identifica­das prioridade­s para a cooperação na igualdade de género no biénio 2022-2024.

Assim sendo, reiterou a importânci­a do Memorando de Entendimen­to entre a CPLP e a ONU, ao reafirmar a vontade política de o manter activo e promover a cooperação multilater­al para a promoção da igualdade de género e empoderame­nto das mulheres e meninas.

Neste quadro, manifestou a intenção da ampliação do acesso à tecnologia­s de informação e comunicaçã­o para derrubar obstáculos que impedem o seu desenvolvi­mento social, escolar e profission­al.

Assim, a CPLP reitera o compromiss­o dos países no aproveitam­ento da tecnologia e na inovação para o empoderame­nto político e socioeconó­mico das mulheres e meninas, visando alcançar os objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

A Comissão Sobre o Estatuto da Mulher foi criada pela Resolução ECOSOC 11 (II) a 21 de Junho de 1946, com o mandato de redigir recomendaç­ões para a promoção dos direitos das mulheres a nível político, económico, civil, social e educaciona­l, e contribuir para Agenda 2030, com vista a acelerar a concretiza­ção da igualdade de género.

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