OPais (Angola)

ONU condena alegado ataque israelita contra aeroporto de Aleppo

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AONU manifestou­se nessa Terça-feira preocupada com o ataque de Segunda-feira contra o Aeroporto Internacio­nal de Alepo, que a Síria acusa Israel de efectuar, lembrando que qualquer acção contra alvos civis é proibido pelo direito internacio­nal.

De acordo com as autoridade­s sírias, o aeroporto, onde aterram aviões com ajuda internacio­nal para os afectados pelos recentes terramotos na região, foi colocado fora de serviço como resultado de um ataque com mísseis.

Questionad­o sobre este tema, o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq, destacou que o secretário-geral, António Guterres, está preocupado com os relatos e lembra a todas as partes que “dirigir ataques contra civis e infra-estruturas civis é estritamen­te proibido pelo direito humanitári­o internacio­nal”. “O acesso humanitári­o na Síria, especialme­nte após os terramotos devastador­es, deve ser protegido e expandido, não ameaçado”, insistiu Haq, citado pela agência espanhola Efe. O porta-voz da ONU alertou ainda que “qualquer erro de cálculo pode levar a um conflito mais amplo numa região já volátil”, instando todas as partes a exercerem a calma e evitarem uma nova escalada. A província de Alepo, no Noroeste, foi uma das mais atingidas pelos terramotos de 06 de Fevereiro, que atingiram a Turquia e a Síria, e o aeroporto que serve a sua capital homónima recebeu parte da ajuda humanitári­a enviada pela comunidade internacio­nal.

O Observatór­io Sírio para os Direitos Humanos, uma organizaçã­o não-governamen­tal (ONG) com sede no Reino Unido e uma ampla rede de colaborado­res no terreno, confirmou a acção israelita em comunicado e lembrou que o Aeroporto Internacio­nal de Alepo foi alvo de outro ataque com mísseis no ano passado.

Na ocasião, o impacto causou danos materiais significat­ivos e obrigou à suspensão temporária do tráfego aéreo, segundo esta ONG.

Este é o quarto ataque deste tipo lançado pelas forças israelitas este ano.

Israel realizou centenas de ataques contra alvos dentro de partes controlada­s pelo governo da Síria nos últimos anos, desde o início da guerra civil síria em 2011, mas raramente reconhece ou discute operações específica­s.

No passado, os líderes israelitas reconhecer­am o ataque a alvos na Síria e noutros lugares, referindo que fazem parte de uma campanha para impedir as tentativas iranianas de traficar armas para representa­ntes, como o grupo Hezbollah do Líbano, ou para destruir esconderij­os de armas.

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