Alerta comissária europeia
Na Ucrânia já existiam centros de atendimento a mulheres violentadas mas, desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a necessidade de ajuda e proteção aumentou: “O volume era totalmente diferente”, realçou a comissária. JohanssonexplicouaindaqueaComissão Europeia tem trabalhado para que nos diferentes Estadosmembros seja prestada assistência àsmulheresvítimasdeviolaçãoque engravidam e pretendem abortar. O Governo polaco, um dos estados maisrelutantesemrealizarabortos, prometeu a Bruxelas que “seriam dadas possibilidades” para as mulheres ucranianas fazerem abortos, mas Johansson apontou: “Continuo a receber informações de que o aborto é negado às mulheres”. Da mesma forma, a comissária europeia assegurou que, apesar de ser “muito difícil” dizer quem é mais afetadoporestaguerra,aexperiênciaespecíficadorefugiado“temum género”, uma vez que são maioritariamente mulheres e crianças que tentam reconstruir a sua vida em diferentes países da UE.
Nesta crise de refugiados, Johansson celebra que o número de mulheres e crianças traficadas é muito baixo, uma vez que os cidadãos ucranianos,mesmoantesdaguerra, estavam entre as cinco primeiras vítimas do tráfico de seres humanos para a UE. “Até agora, devo dizer,temosmuitopoucoscasosde tráfico, considerando o número de pessoas vulneráveis e as mulheres ecriançasquechegaram”,vincou.
Estesbonsresultados,garantiu,devem-se à campanha de sensibilização contra o tráfico de seres humanos nos diferentes Estados-membros.
Sobre a crise de refugiados da Ucrânia, foi ontem divulgado que o executivo comunitário está “preparado” para prolongar até 2025, e mesmo para além dessa data, a proteção temporáriadosrefugiadosdaUcrânia, medida que facilita o seu acesso a alojamento, emprego, saúde e educação na UE.