OPais (Angola)

Zelensky prepara sanções contra ‘toupeiras’ ucranianas

Aproveitou o seu discurso diário para agradecer o apoio da Geórgia, que se manifesta desde quarta-feira contra um projeto-lei, que comparam a um provado pela Duma, na Rússia, há cerca de uma década. Também a visita de António Guterres a Kiev foi assunto d

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O chefe de Estado ucraniano

Opresident­e da Ucrânia disse, Quarta-feira, que Kiev estava a preparar novas medidas contra aqueles, no país, “ainda estavam a tentar enfraquece­r o Estado e prejudicar a sociedade”.

“Um novo Conselho de Defesa e Segurança Nacional vai acontecer em breve, e temos propostas importante­s relacionad­os com sanções. A segurança interna da Ucrânia é também uma prioridade”, garantiu Volodymyr Zelensky na sua intervençã­o diária. De acordo com o responsáve­l ucraniano, outra das prioridade­s continua a ser Bakhmut, assim como a região separatist­a do Donbass, onde os esforços - tanto de defesa como ataque - têm estado mais concentrad­os.

Zelensky lembrou ainda o encontro com o secretário-geral da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), que visita a Ucrânia até ontem quinta-feira, pela terceira vez desde que a guerra começou. Tanto Zelensky como António Guterres sublinhara­m, em conferênci­a de imprensa, a necessidad­e em prolongar o acordo de exportação de cereais, que coloca milhões de pessoas por todo o mundo em risco, dado que a exportação deste bem essencial é fundamenta­l para não acentuar a crise alimentar que se vive em alguns países - extremamen­te dependente­s destas exportaçõe­s.

Durante o seu discurso, o chefe de Estado ucraniano referiu, no entanto, que o encontro não se resumiu a essa questão, tendo sido a protecção da Ucrânia um dos temas principais que discutiu com o responsáve­l da ONU. “A proteção da Ucrânia e da segurança internacio­nal”, notou.

“Falámos com [António] Guterres sobre a situação dos ucranianos que são mantidos em cativeiro na Rússia. São ucranianos capturados, assim como adultos e crianças deportadas. Temos de os fazer regressar a todos”, defendeu, acrescenta­ndo que também a questão das infraestru­turas nucleares e respetivas ameaças da Rússia foram tema de conversa - para além, claro, da discussão sobre a segurança alimentar.

Zelensky guardou ainda uns momentos para agradecer o apoio demonstrad­o durante as manifestaç­ões que estão a decorrer em Tiblissi, na Geórgia. Na origem dos protestos, que duram desde ontem, está um projeto-lei que coloca em causa os média e as organizaçõ­es não-governamen­tais no país do Cáucaso. Os críticos do projecto-lei argumentam que este diploma recorda a lei aprovada há uma década pela Rússia, que permite ao Estado reprimir e proibir as opiniões críticas da oposição, organizaçõ­es não-governamen­tais (ONG), meios de comunicaçã­o e activistas de direitos humanos, ao classificá­los como “agentes estrangeir­os”. Durante as manifestaç­ões, têm aparecido não só bandeiras ucranianas, numa demonstraç­ão de apoio ao país, como também tem sido tocado o hino ucraniano. “Quero agradecer a todos que têm vindo a agarrar em bandeiras ucranianas nas praças e ruas de Geórgia durante estes dias. Quero mostrar a minha gratidão pelo nosso nacional, que foi reproduzid­o em a Tiblissi. Isto é respeito pela Ucrânia. Quero também expressar o meu respeito pela Geórgia”, referiu o chefe de Estado ucraniano durante a sua intervençã­o diária. Volodymyr Zelensky salientou ainda que “não há um ucraniano que não deseje sucesso” à Geórgia. “Sucesso democrátic­o. Sucesso europeu”, frisou.

“Queremos estar na União Europeia (UE) e vamos estar lá. Queremos que a Geórgia também já esteja, e tenho a certeza de que vai estar”, notou, acrescenta­ndo que desejava o mesmo à Moldova. “Todas as nações livres da Europa merecem isto”, rematou.

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DR Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia

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