Antiga ministra do Equador fugiu da embaixada após condenada por corrupção OGoverno
do Equador informou que a ex-ministra María de los Ángeles Duarte fugiu da embaixadaargentinaemQuito,onde estava refugiada há mais de dois anos e meio, após uma condenação por corrupção.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros equatoriano disse que foi lançada uma operação policial para tentar capturar Duarte, que ocupou a pasta das Obras Públicas entre2015e2017,duranteoGoverno de Rafael Correa (2007-2017). “Assim que o facto foi conhecido, a Polícia Nacional activou os protocolos de busca e captura da senhora Duarte, condenada por actos de corrupção”, acrescentou o ministério, num comunicado. O comunicado refere que foi o homólogo argentino, Santiago Cafiero, a alertar o Equador da fuga de Duarte “sem o conhecimento do pessoal da embaixada que mantinha a fugitiva da justiça equatoriana sob sua jurisdição”.
O Equador apresentou uma reclamação veemente à Argentina e exigiuaentregadeinformações”,disse o ministério, que garantiu que “tomará as medidas mais apropriadas perante este incidente”. O Presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou em 01 de Dezembro a decisão de conceder asilo a Duarte, refugiada na embaixada da Argentina em Quito com o filho menor, desde 12 de Dezembro de 2020.
No entanto, o Governo do conservador Presidente equatoriano Guillermo Lasso rejeitou conceder a Duarteosalvo-condutoquepermitiria que ela deixasse o Equador e fosse para a Bélgica sem ser detida. O escritório belga de advogados que defende o antigo presidente RafaelCorrea,tambémcondenadopor corrupção, afirmou que o Governo de Lasso teria violado o direito internacional ao negar um salvocondutoparaqueDuartefossepara a Argentina.
O escritório belga Ius Cogens, que também lidera a defesa de vários colaboradores de Correa acusadosdecorrupção,defendeuque“a Argentina tinha o direito e o deverdeconcederasiloaMaríadelos Ángeles Duarte”, que em 2020 foi condenada a oito anos de prisão. Correa, que está refugiado desde 2017 na Bélgica, país que rejeitou um pedido de extradição do Equador, mantém uma relação próxima com o actual Presidente argentinoecomavice-presidente Cristina Fernández de Kirchner.