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Empresa holandesa aceita devolver US$ 1,7 bilhão

- (FSP)

A empresa holandesa SBM, que confessou ter pago propina para obter contratos no Brasil e na África, aceitou pagar uma indenizaçã­o de US$ 1,7 bilhão à Petrobras .

Apesar disso, a SBM —uma das maiores fabricante­s do mundo de plataforma­s de petróleo e gás— não consegue fechar o chamado acordo de leniência com o governo brasileiro (espécie de delação premiada para empre- sas), devido a um impasse entre o Ministério Público Federal e a CGU (Controlado­ria Geral da União).

Embora a legislação dê poderes à CGU para a celebração de acordos desse tipo, o Ministério Público tenta garantir que a leniência só aconteça com seu aval.

Procurador­es que atuam no combate à corrupção dizem que integrante­s da Controlado­ria não têm acesso aos dados das investigaç­ões criminais sigilosas.

Por isso, argumentam, acordos que possam beneficiar as empresas envolvidas, mas que não representa­riam avanço para as apurações, não poderiam ser fechados sem a palavra final do Ministério Público.

Caso a leniência da SBM fosse viabilizad­a, parte do valor devido (cerca de 40% dos US$ 1,7 bilhão) seria devolvido à Petrobras imediatame­nte.

A SBM, que não é alvo da Operação Lava Jato, aluga plataforma­s para a Petrobras, contratos estimados em US$ 22 bilhões. A empresa tem pressa em resolver o problema no Brasil para dar continuida­de às suas operações. Consultada, a SBM não quis se manifestar.

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